Palestras e atividades lúdicas encerram semana dedicada à Síndrome de Down

Por Adriana Crisanto - em 1089

Pensar e discutir a Síndrome de Down (SD) com pais, mães, crianças, jovens e adultos e proporcionar um dia lúdico e diferente foi a proposta que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, em parceria com o Instituto Primeiro Olhar, a Associação Ame Down realizaram neste sábado (25), no complexo da Estação Cabo Branco, no Altiplano.

A primeira dama Maísa Cartaxo, presente ao evento, comentou que desde que a equipe do Primeiro Olhar e Ame Down procurou a PMJP prontamente as Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Educação (Sedec) e Desenvolvimento Social (Sedes) se mobilizaram para contribuir para que as pessoas tivessem o apoio necessário para o evento, tendo em vista a importância de pensar e discutir a Síndrome de Down, desde questões que evolvem saúde até o atendimento as famílias que tenham uma pessoa com a Síndrome do Cromossomo 21.

O atendimento a pessoa com SD, no município de João Pessoa, acontece desde o período de gestação na Maternidade Cândida da Vargas, que após exames e ser detectado a síndrome recebe um acompanhamento especial. Outro órgão da Prefeitura que apoia é o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, gerido pela Sedes, que trabalha de forma intersetorial e atende mais de 250 pessoas com alguma deficiência física e mental, que são beneficiadas com serviços de educação, saúde e assistência social.

Durante toda a manhã e início da tarde aconteceu I Simpósio de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down, com palestras com dos profissionais: Eduardo Borges da Fonseca (PHD em Ginecologia e Obstreticia), Flávia Mattiolli (Pediatra Cardiologista), Cacilda Virgília Barreto (Fisioterapia), Jackeline Tissiani (Pediatra), Isabelle Cahino e Anderson Alves (Fonoaudilógos), Ana Flávia B. Coutinho (Psicóloga Social) e Karina Valeska Carletto (Nutricionista).

Os especialistas explanaram sobre as novas formas encontradas pelas ciências para o tratamento e melhoria da qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down.

A diretora geral da Estação Cabo Branco, Marianne Góes, uma das homenageadas, comentou que a Estação não poderia ficar de fora de uma ação de tamanha importância, e que a partir deste ano o evento fará parte do calendário de atividades permanentes do complexo.

“Temos que fazer com que as pessoas entendam que síndrome não é uma doença. A única coisa que contagia é o amor que eles emanam”, disse a diretora geral do Instituto Primeiro Olhar, Thayse Christine Souza Dias.

Enquanto o Simpósio acontecia as crianças e acompanhantes eram recepcionadas pelos arte educadores da Estação Cabo Branco para participarem de oficinas artísticas, culturais e pedagógicas de música, teatro, dança, quadrinização e contação de história, na sala de práticas educacionais, localizada ao lado do estacionamento.

Primeiro Olhar – O Projeto Primeiro Olhar é fruto da observação de pais e profissionais quanto da necessidade de um atendimento imediato para pais e familiares que visa acolher, informar e orientar a família sobre o diagnóstico e os potenciais que a criança com Síndrome de Down pode desenvolver.

Dia Internacional da Síndrome de Down – A Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra, total ou parcialmente. A data, 21 de março, foi proposta pela Down Syndrome International, porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do 21. A primeira comemoração da data foi em 2006. No Brasil, houve muita repercussão na mídia desta data em 2007, pela presença do jogador de futebol Romário e da novela Páginas da Vida. A Cor eletrônica (321000) foi proposta por Gaston Schwabacher. Também fazendo alusão à trissomia do 21.

Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune, que descobriu uma cópia extra do cromossoma 21. É o distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 1000 nascimentos.

A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento. Pessoas com síndrome de Down podem ter certa deficiência intelectual, nada que impeça sua relação com a sociedade.