PMJP lança campanha educativa no ‘Dia Mundial de Combate ao Fumo’

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O município de João Pessoa possui mais de 127 mil fumantes, o que representa 16,7% da população, segundo dados do Ministério da Saúde de dezembro de 2004. Do total de fumantes, 102 mil querem deixar o vício e não conseguem. É neste contexto que a Prefeitura de João Pessoa (PMJP), numa ação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), realiza neste sábado (31), às 8h30, o ‘Dia Mundial de Combate ao Fumo’, no auditório do Atlântico Praia Hotel, na Avenida Almirante Tamandaré, 440, em Tambaú.

Dentro da programação, haverá palestras sobre as experiências de sucesso em João Pessoa e Campina Grande e o lançamento da campanha ‘João Pessoa 100% Livre de Fumaça de Cigarro’, onde os funcionários de 14 restaurantes e dois shoppings irão vestir a camisa contra o hábito de fumar.

De acordo com a gerente de fiscalização da Gerência de Vigilância Sanitária de João Pessoa, Jailma Porto, desde 2006 o município vem realizando campanhas para informar a população sobre os males provocados pelo cigarro e fiscalização de bares, restaurantes e boates para fazer cumprir a Lei Federal nº. 9294, que proíbe o fumo em ambientes fechados. “Hoje os restaurantes da Capital em respeito a lei Federal e aos não fumantes proíbem o fumo em ambientes fechados, mas ainda há problemas localizados nas boates”,explicou.

Tratamento – O município também desenvolve o Programa Municipal de Tabagismo, que dispõe de quatro Centros de Referência para o Tratamento de Fumantes que querem deixar de fumar. Os serviços funcionam no CAIS de Jaguaribe, CAIS do Cristo, CAIS de Mangabeira e Unidade Básica de Mandacaru. Os participantes passam por consulta para avaliação clínica, terapias em grupos e recebem medicamentos e materiais de apoio aos pacientes atendidos nas unidades. Em 2007, quando o serviço só funcionava no CAME Primavera e no CAIS de Mangabeira, 157 pessoas participaram do programa e 27% delas conseguiram deixaram de fumar.

A responsável técnica da seção de doenças e agravos não transmissíveis, Ane Jaqueline, informou que nos serviços os profissionais trabalham a parte psicológica e clínica para auxiliar as pessoas a largar o fumo. Ele explicou que também são distribuídos medicamentos como complemento ao programa, mas apenas 45% dos participantes utilizam a medicação que pode ser a bupropiona (antidepressivo para o tratamento da dependência a nicotina), adesivo de nicotina e goma de mascar.“O essencial é que a pessoa tenha vontade, apoio e persistência para parar de fumar”, explicou.

Ane Jaqueline alertou sobre os perigos ocasionados a saúde pelo uso do cigarro. Ela informou que somente em João Pessoa no ano de 2007 73 pessoas vieram a óbito por doenças ocasionadas pelo uso do cigarro como câncer de traquéia, brônquios e pulmão.