PMJP lança novo edital para concurso da Guarda Municipal

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) lançará, nos próximos oitos dias, um novo edital para as provas objetivas do concurso da Guarda Municipal. As provas serão aplicadas novamente após uma comissão, composta por membros da PMJP e do Ministério Público, decidir pela anulação do concurso. A medida foi tomada depois da suspeita de fraude na prova objetiva da primeira fase do processo seletivo, realizada no último dia 25 de março. O município de João Pessoa não terá qualquer gasto adicional para a nova aplicação das provas.

A realização das provas ocorrerá em até 40 dias após a divulgação do novo edital. O Procurador Geral do Município, Vandalberto de Carvalho, explicou que a anulação se deu para não comprometer à credibilidade do concurso. “Se déssemos seqüência ao certame, as pessoas poderiam por em xeque a credibilidade das provas. Com os indícios de fraudes não poderíamos prosseguir”, afirmou. A empresa responsável pela nova etapa será a mesma da etapa inicial, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

Para as novas provas, o procurador assegura que novas medidas de segurança serão adotas a fim de diminuir, consideravelmente, os riscos de fraude. “Desta vez teremos gabaritos diversificados, proibição de que o candidato se ausente da sala de provas por um período mínimo de três horas, identificação digital, detectores de metais e também vamos proibir que o candidato entre na sala portando qualquer equipamento eletrônico”, destacou Vandalberto de Carvalho.

Investigações – A decisão de cancelar a primeira etapa do concurso para preenchimento de vagas na Guarda Municipal de João Pessoa foi tomada pela PMJP em conjunto com o Ministério Público. A comissão formada para investigar a suspeita de fraude recebeu um relatório da perícia, que indicou fortes indícios de violação do concurso.

 

O Procurado Vandalberto de Carvalho explica que a perícia relatou ser improvável que 34 candidatos errassem e acertassem as mesmas questões da prova. “O relatório apontou que seria necessário que um bilhão de pessoas estivessem inscritas para que houvesse 34 pessoas com o gabarito idêntico. Com base nestas informações, decidimos cancelar”, explicou.