PMJP promove a conservação e recuperação de rios e áreas verdes da Capital

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Com uma área de 211,474 quilômetros quadrados (km²), segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), João Pessoa encontra-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com sua malha urbana dispersa sobre áreas de rios, a exemplo do Gramame, ao Sul, dos rios Paraíba e Sanhauá, a Oeste, e na sua porção central os rios Jaguaribe e Timbó, contando ainda com bacias secundárias, compostas pelos rios Cuiá, Jacarapé, Aratu e Cabelo. Uma região rica em recursos hídricos e áreas verdes.

Para promover a conservação e recuperação dos rios e áreas verdes da Capital, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), neste Dia do Planeta Terra – 22 de abril, lembra que vem promovendo uma série de ações. A política de cuidado com fauna e flora também se reflete nas ações desenvolvidas pelas equipes do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), que recebe e cuida de animais vítimas do tráfico.

Parque Arruda Câmara – O plantel do zoológico conta com 512 animais, sendo 60 mamíferos, 130 aves e 322 répteis. As espécies são provenientes de outras instituições como zoológicos, centros conservacionistas, mantenedouro de fauna e locais como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Os animais que chegam do Cetas, na sua maioria, são oriundos do tráfico e uma pequena parcela é de doação voluntária.

Segundo a bióloga Helze Melo de Freitas Lins, responsável pela Seção de Nutrição, Seleção e Manejo Animal da Bica, todos os animais passam por quarentena antes de serem adicionados ao plantel.

Para cuidar dessa turma, a Bica tem em seu corpo técnico três biólogas, dois veterinários e um educador de animais que trabalham em tempo integral e se revezam nos feriados e finais de semana. O Setor de Nutrição tem quatro funcionários e nove tratadores, que cuidam dos grandes felinos, jacarés, anta, veados, emas, pequenos mamíferos, aves e serpentes.

Recuperação de áreas degradadas – A Divisão de Estudos e Pesquisas (Diep), da Semam, conta com uma equipe formada por geógrafos, biólogos, arquitetos e engenheiro florestal. O setor é responsável por pesquisar, planejar e desenvolver toda a política ambiental da cidade, sempre com foco na preservação e recuperação de áreas verdes da cidade.

Uma das áreas escolhidas para o enriquecimento florestal é a mata ciliar do rio Jaguaribe e do Parque Cuiá, que tem como finalidade contribuir com a redução do assoreamento, proteção física do recurso hídrico, acelerar a regeneração florestal e aumentar a biodiversidade.

As definições das áreas dos remanescentes vegetais foram selecionadas utilizando como referência os estudos do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de João Pessoa, elaborado pelos técnicos da Semam (http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/secretarias/semam/plano-municipal-mata-atlantica/).

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Edilton Nóbrega, declarou que“os fragmentos de áreas verdes vêm sendo objeto de várias intervenções, como cercamento e sinalização com placas educativas, enfatizando o valor ambiental e os benefícios para o município. Nossa intenção é tornar a cidade um lugar agradável para as pessoas, para que todos possam interagir e se sentirem integrados ao meio ambiente”, concluiu.

Estimam-se como meta de plantio, 3.500 mudas nos setores abertos dos remanescentes vegetais em processo de cercamento e áreas degradadas.  Estão sendo trabalhadas as seguintes áreas: Pequena Área Verde (PAV) do  Maceió do Bessa; PAV da PB-008 em Paratibe; estuário do Rio Jaguaribe, no Bessa; Rio Cabelo (por trás do presídio Silvo Porto), em Mangabeira;  Rio Cabelo, também em Mangabeira; bairro Cuiá (remanescente vegetal próximo ao Bar da Língua); PAV em frente ao Horto Florestal, que inclui trechos dos bairros de Mangabeira e Cidade Verde e ainda Parque Augusto dos Anjos, em Gramame.