PMJP promove oficina sobre diversidade sexual, racismo e intolerância religiosa

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Luiz Carlos Lima

Temas como diversidade sexual, racismo e intolerância religiosa serão temas de duas oficinas que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Coordenadoria de Promoção a Cidadania LGBT, em parceria com a Coordenadoria de Igualdade Racial, realizará nesta quinta-feira (9). As oficinas ocorrem em dois horários: entre 15h e 17h e depois entre às 19h e às 21h, na Casa Pequeno Davi, no bairro do Róger.

As oficinas são destinadas aos familiares dos alunos da Comunidade do Róger. O coordenador de Promoção à Cidadania LGBT, Roberto Maia, lembra que há uma semana foi realizada a mesma oficina com os educadores da comunidade. “Agora iremos dialogar com os pais sobre esses temas tão importantes para diminuir a vulnerabilidade social desses jovens nas comunidades e principalmente dentro de seus lares. Sabemos que há um conflito de gerações dentro das famílias e por meio do conhecimento queremos diminuir a dificuldade de se lidar com temas tão importantes”, disse.

Dentro dos debates propostos pela oficina está o objetivo desconstruir que a sexualidade não pode ser dialogada dentro da família. A idéia é estimular o diálogo sobre esses temas relacionados à sexualidade e aceitar as diversas formas de expressão. Neste aspecto, a identidade de gênero será amplamente debatida na oficina com os familiares dos alunos.

Orientação para os pais – Roberto Maia explica que se percebe uma rejeição ainda maior da família aos jovens que têm orientação sexual diferente da heteronormativa. Segundo ele, é papel do gestor de política pública LGBT levantar a discussão para que as famílias possam perceber que a diversidade sexual sempre existiu. “Esses jovens precisam se sentir acolhidos pela família e não excluídos”, disse

Adotar uma postura de resistência à identidade de gênero causa inúmeros sofrimentos psíquicos e sociais. A oficina pretende mostrar aos familiares que ser travesti ou transexual não é uma questão de escolha. “A pessoa, simplesmente, descobre que não existe coerência entre o sexo biológico e a identidade de gênero”, explica Roberto Maia.