Poesia e swing de Cláudio Zoli e Kennedy Costa no Seis e Meia
A bela poesia mais o swing dos arranjos do cantor, compositor e instrumentista carioca Cláudio Zoli deverão encantar aos que forem prestigiar o Projeto Seis e Meia nesta quarta-feira (17). A criatividade e a poesia também são características da atração local, o cantor e compositor paraibano Kennedy Costa, que desde a década de 80 participa da cena musical da Paraíba.
O Projeto Seis e Meia acontece nas três primeiras quartas-feiras de cada mês na Praça de Eventos do MAG Shopping, no bairro de Manaíra, sempre a partir das 18h30. A promoção é da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) em parceria com a Acorde Produções.
A Saelpa é a patrocinadora do evento, que também recebe o apoio cultural do Ambassador Flat, Empreendimento Villas de Areia, além dos bares e restaurantes Cia. do Chopp, Vila Cariri e Dona Branca. Os ingressos custam R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (estudante) e podem ser comprados antecipadamente ou na hora do show no posto de vendas montado ao lado da bilheteria dos cinemas, no primeiro piso do MAG Shopping.
Cláudio Zoli Ainda adolescente, aos 16 anos, Cláudio Zoli iniciou sua carreira musical em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ao conhecer Paulinho, o Guitarra, instrumentista que na época tocava com Tim Maia e Cassiano (ícones da soul music brasileira), formou a banda Maravilha.
Devido ao convívio com Cassiano, Zoli sofreu grande influência em sua maneira de compor e cantar. Em 1980, Paulo Zdanowski, parceiro de Cassiano, se interessou em montar um grupo e junto com o baixista Arnaldo Brandão e Zoli formou a banda Brylho da Cidade, que tocava em bares e bailes pelas noites do Rio de Janeiro.
Em 1983, a banda assinou contrato com a Warner, já com o nome de Brylho e o hit Noite do prazer ganhou as paradas de sucesso. Nessa mesma época, devido ao fato das gravadoras preferirem as bandas de rock brasileiro, Zoli seguiu em carreira solo.
Cláudio Zoli iniciou sua carreira solo como compositor e logo fez sucesso com as músicas À francesa, gravada por Marina Lima, e Felicidade urgente interpretada por Elba Ramalho. Chegou a lançar dois álbuns solos que levaram seu nome: o primeiro em 86, com Cada um, cada um e Coleção, ambas de autoria de Cassiano, e o segundo álbum em 88, com versões de Whats going on de Marvin Gaye, transformada em Não foi em vão, e Azul da cor do mar, sucesso de Tim Maia.
Em 1991, lançou o álbum Fetiche ao mesmo tempo em que fazia outros projetos, como a participação no Songbook de Djavan e em álbum de João Marcelo Bôscoli. Com a fraca divulgação desse estilo musical na década de 90, Zoli chegou a se juntar a Ritchie e Vinícius Cantuária na banda Tigres de Bengala, mas não obteve repercussão.
Longe das gravadoras por quase seis anos, Zoli voltou em 1991 com o álbum Férias, lançado pela gravadora Trama que mantém o estilo de suas composições, acrescido da modernidade da música eletrônica da época. Em 2001 lançou Na pista, um álbum dançante embalado pelos hits Cada um, cada um (A namoradeira), Flor do futuro e Livre pra viver, além das conhecidas À francesa e Noite do prazer.
Remixado e ao vivo, lançado em 2002, era um projeto para conter apenas o material do show. A gravadora, porém, aproveitou a oportunidade e lançou remixes inéditos e exclusivos de DJs das mais famosas pistas de dança. O resultado foi um CD diferente, com apenas algumas faixas ao vivo, que não foram exatamente as mesmas do DVD ao vivo lançado logo após.
Sem limite no paraíso, sexto álbum solo, lançado em novembro de 2003, só veio confirmar as tendências misturadas de Cláudio Zoli, abrindo diversas janelas musicais e mostrando o que o público espera dele. Em 2005, lançou pela Trama, o Zoli Clube vol.1, com clássicos do soul nacional, reunindo Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Carlos Dafé e Robson Jorge, entre outros.
Kennedy Costa O cantor, compositor e produtor cultural Kennedy Costa nasceu em João Pessoa e iniciou sua carreira na década de 80. Ele traz na sua bagagem musical os grandes ídolos nordestinos que estouraram anos 80 – Zé Ramalho, Alceu Valença, Moraes Moreira -, e os mestres Jackson do Pandeiro e Luís Gonzaga. Foi nesse caldeirão que Kennedy tirou os ingredientes para trazer à tona a sonoridade nordestina que é a tônica de sua música. Baiões, maracatus, cocos, frevos e baladas estão sempre presentes no seu repertório.
Lançou em 2003 o seu primeiro CD solo intitulado Vem ver a tribo dançar, uma fusão de ritmos nordestinos com elementos da música eletrônica. Ele já tocou em Campina Grande, Natal, Teresina, Juazeiro da Bahia, e abriu shows para músicos como Guilherme Arantes, Lenine e Leci Brandão. Kennedy é o compositor do hino dos blocos Cafuçu – um dos maiores da prévia carnavalesca de João Pessoa – e Acorde Miramar. Tem músicas gravadas com Flávio José e Roberta Miranda e é parceiro de gente como Totonho & Os Cabras, Escurinho, entre outros. Atualmente, vem preparando seu próximo CD, sob o título de Eletronordestínia, que pretende lançar em 2008.