Praça da Paz recebe abertura do Novembro da Dança, na sexta

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A Capital paraibana se transforma, mais uma vez, em um verdadeiro palco de apresentações de dança, com a realização do projeto ‘Novembro da Dança’, que acontece durante todo o mês de novembro. A cerimônia de abertura do evento será nesta sexta-feira (9), a partir das 20h, na Praça da Paz, nos Bancários, com os grupos ‘Sem Censura Cia. de Dança’, que traz o espetáculo ‘Sinais’, e ‘Congos de Pombal’, que tem origem africana e mais de cem anos de existência.

Já em sua segunda edição, o projeto ‘Novembro da Dança’, realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMPJ), através da sua Fundação Cultural (Funjope), tem o objetivo de fomentar a produção de dança na Capital, através de um encontro nacional que reúne diferentes vertentes desta atividade artística, oportunizando a formação e o intercâmbio de profissionais da área e interessados. O evento conta com apoios da Fundação Nacional de Arte (Funarte), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Secretaria de Educação e Cultura (Sedec),

Apesar de novo, o Novembro da Dança já faz parte do circuito dos importantes encontros de dança do país. Este ano, este ano o evento reúne grupos e profissionais da Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nesta edição, os espetáculos serão apresentados nas praças recentemente construídas ou revitalizadas pela Prefeitura de João Pessoa, dentro do projeto ‘Circuito Cultural das Praças, que acontece semanalmente, sempre aos sábados.

Congos de Pombal – O surgimento deste grupo de dança de origem africana não tem uma data precisa, mas sabe-se que coincide com a vinda do ciclo da escravidão, que atinge o sertão nordestino por volta de 1895, com uma incidência significativa na cidade de Pombal que, na época, contava com pelo menos 918 escravos cadastrados.

O grupo de dança, que utiliza instrumentos de percussão, maracás, canto e dança, surgiu a partir de uma viagem realizada pelo líder negro Manoel Cachoeira, a cidade de Olinda e pediu permissão ao Bispo local para criar oficialmente a Confraria de Negros, intitulada de ‘Irmandade do Rosário’.

O grupo recebe este nome pelo misticismo e religiosidade presentes na cultura africana, e conta com os personagens do Rei, interpretado pelo Mestre Miguel Ferreira; o

secretário, o embaixador, os tocadores de fole e de violão e os pares de dançarinos ou ‘Congos’, divididos nas Alas Azul e Vermelha. A dança divide-se em duas partes – ‘O Pulo do Boi’ e a ‘Zabelinha’ – que são intercaladas pelo texto dramático ou embaixada, tendo sido catalogado pelo pesquisador Mário de Andrade.

Sinais – Este é o título do espetáculo dirigido pela coreógrafa Stella Paula, da ‘Sem Censura Cia de Dança’, que proporciona ao público uma constante busca pela escolha certa, apesar de cercada de incertezas, medos e dúvidas do cotidiano, seguindo na tentativa de alcançar o melhor. O grupo possui coreografia produzida por Ivaldo Mendonça e elenco composto por Camila Beatriz, Camila Pérez, Evana Arruda e Ilana Ribeiro.

A ‘Cia. de Dança Sem Censura’ foi criada em 1998. O grupo trabalha com a proposta de revelar as sensações e o universo contemporâneo do ser humano, através da experiência de novas linhas de coreógrafos, buscando o aprimoramento e a utilização de novas técnicas. O grupo já produziu os espetáculos ‘Luz’, que passou por várias cidades paraibanas, no ano de 2005, tendo atuado ainda em trabalhos realizados em parceria com coreógrafos convidados, a exemplo de Caio Nunes, do Rio de Janeiro, Airton Tenório, Luiz Roberto e Marcelo Pereira, de Pernambuco, Mario Nascimento, de São Paulo e Maurício Germano, Rosa Cagliane e Carlos Arão, da Paraíba.

Mais informações na sede da Funjope, localizada na Praça Antenor Navarro, 06, no Centro Histórico da Capital, ou pelo telefone 3218-9707.