Prefeito visita obras de habitação em comunidades quilombolas no bairro Paratibe
Fortalecer a identidade cultural e garantir dignidade aos moradores de comunidades quilombolas de João Pessoa. É com este objetivo que a Prefeitura Municipal (PMJP) tem investido na construção de moradias populares nos seis núcleos quilombolas localizados na Capital. No total, estão sendo construídas 57 casas, atendendo pessoas em situação de vulnerabilidade social. A comunidade foi visitada pelo prefeito Luciano Cartaxo nesta terça-feira (23).
“Estamos garantindo moradia digna e de qualidade para os moradores do quilombo, substituindo casas em condições de risco”, explicou o prefeito Luciano Cartaxo. “Eles vão continuar morando no mesmo local onde viviam antes, o que possibilita que eles possam reforçar a sua identidade cultural e manter o sentido de comunidade, preservando suas tradições e costumes”, destacou o prefeito, durante visita ao núcleo Dona Silvinha.
As 57 casas que estão em processo de construção vão substituir casas de taipa ou as de alvenaria que apresentavam risco à segurança dos moradores. Elas foram demolidas e deram lugar às novas construções, espaços de 40 metros quadrados (m²) com cozinha, sala, banheiro e dois quartos. O benefício também foi concedido às famílias que moravam com parentes por não possuírem casa própria. No total, está sendo investido mais de R$ 1 milhão.
A comunidade quilombola de Paratibe existe há cerca de 140 anos, mas só foi considerada como tal no ano de 2006, quando recebeu o reconhecimento oficial da instituição Quilombo dos Palmares, de Brasília, Distrito Federal. No total, cerca de 150 famílias habitam o grupo, constituindo seis núcleos espalhados por todo o bairro.
A presidente da Associação de Comunidades Negras de Paratibe, Mônica Ferreira, afirmou que a habitação era uma das principais necessidades do grupo. “Ter moradia representa dignidade e respeito. É muito bom saber que o poder público está olhando por nós e atentos ao que nós precisamos”, afirmou.
Uma das beneficiadas foi a dona de casa Carla dos Santos, de 29 anos, que mora no núcleo Dona Silvinha com o marido e a filha de quatro anos. “Minha casa tinha muitas rachaduras e corria o risco de desabar. A gente vivia sempre com medo, principalmente em períodos de muita chuva. A casa nova vai trazer mais tranquilidade, principalmente por causa da minha filha”, afirmou.