Projeto da Emlur quer transformar óleo de cozinha em sabão ecológico

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Você já parou para pensar nos problemas que óleo de cozinha usado pode gerar para o meio ambiente e para o encanamento da sua casa? Esse tipo de produto, quando jogado no ralo da pia, entope canos, polui a água e contamina o solo. Para tentar minimizar esse problema, a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) lançou o projeto ‘Não vai pelo ralo’, junto aos barraqueiros que trabalham na Orla Marítima da Capital. A idéia é recolher o óleo para transformá-lo em sabão ecológico. Este processamento será feito pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Primeiro o projeto foi implantado dentro da Autarquia. Agora, os 72 barraqueiros que trabalham na Orla estão recebendo recipientes e orientações para juntar o óleo.

A sede da Emlur foi a primeira a receber o projeto. “Nós temos a prática de implantar os projetos dentro de nossa casa, para só depois expandi-los. Temos um restaurante dentro da Autarquia e estamos fazendo o recolhimento do óleo lá dentro”, contou a superintendente da Emlur, Laura Farias Gualberto. Ela informou ainda que os servidores da Autarquia também passaram por uma sensibilização para coletar esse tipo de material em garrafas pet (aquelas de refrigerante) e depois entregar na sede da Emlur.

Agora, os 72 barraqueiros que atuam na região da Orla estão recebendo informações sobre os prejuízos que são gerados ao meio ambiente ao jogar óleo em local inadequado e orientações para coletar esse material. “Nós estamos distribuindo com todos os barraqueiros recipientes de cinco litros, para que passem a juntar o óleo. Nós faremos o recolhimento desse material todas as segundas e quintas-feiras”, contou a superintendente.

Na próxima semana, o ‘Não vai pelo ralo’ será apresentado para os moradores que participam do ‘Acordo Verde’, projeto que implantou uma nova etapa da coleta seletiva em João Pessoa. Para participar, a população só precisa colocar o óleo usado dentro de uma garrafa pet e depois entregar o recipiente para o agente ambiental (catador). “Nós entregaremos aos moradores um panfleto explicando a importância desse tipo de atitude e mostrando como o material deve ser acondicionado”, contou. A superintendente acrescentou que, posteriormente, o projeto será expandido para os restaurantes da cidade e para os demais bairros atendidos pela coleta seletiva.

O objetivo da Emlur é produzir futuramente o sabão ecológico dentro da própria sede da Emlur. “Nós vamos encaminhar o material para o Cefet até que a estrutura para produzir o sabão aqui dentro seja montada”, disse.

O diretor Administrativo da Emlur, Coriolano Coutinho, lembra que a Autarquia vem trabalhando constantemente para a mudança de hábitos e costumes da população. “Temos vários projetos que objetivam atuar nessa área. Entre eles, destaca-se o que está implantando a coleta seletiva na cidade’, ressaltou.

De acordo com Coriolano Coutinho, a atuação da Emlur vem sendo pautada pela responsabilidade social. “Isto se traduz na relação ética e transparente que temos com a população e na nossa preocupação de atuar para promover o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos naturais para gerações futuras”, disse.