Projeto envolve mães de crianças do Peti em atividades de produção de alimentos

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Pelo menos 50 mães de crianças e adolescentes atendidos pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), em João Pessoa, estão participando de diversas atividades para a qualificação da produção de alimentos. A ação faz parte do projeto de Inclusão Produtiva, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) nas comunidades de Mumbaba (Bairro das Indústrias) e de Muçumagro (Valentina Figueiredo).

Desde o início deste ano, profissionais da área de nutrição da Sedes realizam atividades quinzenais com essas mulheres, orientando sobre a manipulação de alimentos e higiene pessoal. Além disso, elas participam de atividades específicas, como cursos e oficinas realizadas por outros órgãos.

Para cada comunidade foi formado um grupo de 25 mulheres que se reúnem quinzenalmente na Associação Comunitária de Muçumagro e na Escola Municipal João Monteiro da Franca, em Mumbaba. Lá, elas se envolvem com oficinas de formação e qualificação do trabalho, sempre no período das 15h às 17h.

Capacitação – As mesmas mulheres já participaram de alguns processos específicos, como o ‘Curso do Cozinha Brasil’, realizado em abril pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). As turmas receberam informações de como escolher os alimentos por seu valor nutritivo, preço e apresentação; preparar refeições observando a limpeza, preservando o sabor e os nutrientes; consumir alimentos em quantidade adequada, considerando as condições de higiene; promover a melhoria da renda familiar.

O objetivo do projeto é implantar unidades de produção de alimentos para as famílias das comunidades de Mumbaba e do Muçumagro, com o intuito de oferecer serviços para geração de trabalho e renda dessas pessoas, fortalecendo a ação do Peti, que dá uma atenção integral à criança, ao adolescente e suas famílias.

Prática – A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) pretende implantar, ainda este ano, duas cozinhas comunitárias, que servirão como centros de formação e capacitação para a prática de produção de alimentos, na perspectiva de gerar emprego e renda para as famílias dos alunos do Peti. Segundo informações da Sedes, essas cozinhas de inclusão produtiva estão em processo de reforma e a previsão é que fiquem prontas no final de outubro.

“Após a implantação das cozinhas, estarão garantidos seis meses para o processo de qualificação e de produção de alimentos com geração de renda de cada grupo, até criar as condições para cada grupo ter o seu próprio empreendimento – com local equipado e funcionando. O empreendimento poderá ser uma cooperativa ou outro tipo de estabelecimento do gênero, dirigido à produção de refeições regionais, buffet de festas, marmitaria, dentre outros”, explicou o diretor de Trabalho, Renda e Economia Solidária da Sedes, Ronildo Monteiro Ferreira.