Projeto Sereias da Penha impulsiona Capital a integrar Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco
O projeto Sereias da Penha impulsionou João Pessoa a integrar a Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco (UCCN). O título veio como um reconhecimento ao incentivo e investimento que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) dá a arte popular e à economia criativa. A cidade foi a única do Nordeste a integrar a lista da UCCN, além de ter sido a única cidade brasileira a integrá-la em virtude do estímulo à economia criativa através do artesanato. O projeto Sereias da Penha é financiado pela PMJP, através do ‘João Pessoa Artesã’, que tem a primeira-dama Maísa Cartaxo à frente, em parceria com o Sebrae.
O João Pessoa Artesã, ao qual o Sereias da Penha é vinculado, tem como finalidade resgatar a identidade cultural, fomentar a economia criativa e sustentável, bem como de capacitar e incluir socialmente artesãos que vivem em comunidades carentes da Capital. O cadastramento ocorre no Centro Cultural de Mangabeira e, atualmente, o projeto possui cerca de 120 pessoas cadastradas.
A primeira-dama Maísa Cartaxo destaca que a cidade de João Pessoa vai ficar na vitrine internacional após receber esse título. “Temos o projeto Sereias da Penha com uma gestão compartilhada, que tem dado muito certo. Não tenho dúvidas de que com João Pessoa passando a integrar a Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco será um ponto de convergência para melhorar ainda mais o projeto. Vamos esperar as diretrizes da Unesco para sentarmos com o Sebrae e ver em que podemos melhorar mais o projeto”, disse.
Sereias da Penha – O João Pessoa Artesã acompanha o projeto Sereias da Penha desde a sua fundação, em meados de 2013. Agora em 2017, está sendo um ano de muita produção para as artesãs. Em fevereiro, elas lançaram a coleção “Tesouro das Sereias”, a primeira com peças folheadas a ouro. Em seguida realizaram a primeira edição do ‘Sereia Black’, um evento de cunho social que uniu moda e solidariedade. Já no mês de julho, as artesãs apresentaram e comercializaram as criações no Red Bull Amaphiko Festival, um evento que reuniu mais de 50 projetos criativos e transformadores de diferentes lugares do Brasil.
Emponderadas e donas do próprio negócio que só cresce, clientes de todo o país passaram a procurar o trabalho delas cada vez mais. Atualmente, o grupo de artesãs é um dos mais conhecidos no País e já ganhou alguns prêmios, a exemplo dos “100 mais do artesanato”, premiação nacional realizada pelo Sebrae.
‘João Pessoa Artesã – Embora o projeto Sereias da Penha seja o de maior projeção local e nacional, o João Pessoa Artesã não se resume a um único projeto. Mulheres Multiplicadoras de Saberes é mais um projeto dentro do JPA que viabiliza o desenvolvimento de conteúdo.
O projeto trabalha com mulheres de comunidades em situação de vulnerabilidade social, oferecendo capacitação e orientação de produção e cursos. Em contrapartida, as artesãs vão até as comunidades onde residem e formam turmas de dez ou quinze pessoas com o objetivo de repassar as técnicas aprendidas.
Cidades Criativas da Unesco – Outras cinco cidades brasileiras já faziam parte da rede, mas João Pessoa é a única que se destaca no artesanato e arte popular: Belém e Florianópolis, pela gastronomia; Curitiba, em design; Salvador, em música; e Santos, pelo cinema.
João Pessoa, com o artesanato, e outras duas cidades brasileiras, Brasília, através do Design, e Paraty, pela sua gastronomia, foram escolhidas este ano para se integrarem à Rede, que conta com apenas 116 cidades de 54 países. O objetivo da rede é posicionar a economia criativa no centro das políticas públicas municipais, estimulando o intercâmbio de especialistas e das melhores práticas em ações de interesse comum.