Projetos de arborização urbana da PMJP são destaques em congresso nacional

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As técnicas usadas na manutenção e arborização urbana de João Pessoa e outras experiências como a implantação do ‘Viveiro Municipal de Plantas Nativas’ foram alguns dos trabalhos apresentados durante o XI Congresso Nacional de Arborização Urbana, realizado entre os dias 3 e 7 de setembro em Vitória, capital do Espírito Santo.

Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) participaram do evento onde foram apresentados os mais recentes trabalhos e resultados de pesquisas sobre o tema. Além dos especialistas brasileiros, o Congresso contou com a participação de representantes do México, Espanha e Estados Unidos.

Poda programada
– Uma das experiências mais discutidas no evento foi justamente a ‘poda programada’, que a Capital paraibana já adotou desde o ano passado. Técnicas de plantio e manutenção da arborização urbana em vias públicas também foi tema de trabalhos expostos. A terceirização dos serviços de poda e manutenção, adotada recentemente pela PMJP, também foi ressaltada no Congresso, sendo apontada como a alternativa de maior resultado em face da sua constância e maior abrangência, o que proporciona mais embelezamento, melhor frutificação e aumento da segurança, já que as placas de sinalização do trânsito se mantém mais visíveis, assim como a iluminação dos postes.

A experiência do ‘Viveiro Municipal de Plantas Nativas’ – iniciativa da Semam em parceria com a Fecomercio – foi bastante aplaudida pelos congressistas, que elogiaram a diversidade de espécies existentes no Viveiro. Eles conheceram ainda o ‘Programa João Pessoa Verde para o Mundo’, desenvolvido pela Prefeitura de João Pessoa no primeiro semestre deste ano e que utilizou mudas produzidas no Viveiro para a renovação da cobertura vegetal da cidade.

Outro tema que teve espaço nas discussões do Congresso foi a escolha entre as plantas nativas e exóticas. “O que existe hoje é o conceito de planta certa no local adequado, sendo que a tendência é a manutenção e preservação das nativas”, explicou Anderson Fontes. Como exemplo, ele citou o ‘Ficus beijamina’, que será abolido da arborização pública em João Pessoa pelo seu princípio tóxico e suas raízes destrutivas que, ao atingir entre sete e dez anos, danifica as estruturas de imóveis e calçadas.

A idéia da não distribuição de mudas entre os habitantes foi abordada como consenso entre os participantes do evento. Apenas a cidade de Goiânia (GO) adota a doação de mudas. Nas demais capitais, a ação foi abolida devido ao alto índice de desperdício verificado entre as comunidades. A tendência é que a arborização seja assumida pelos municípios, que também devem conscientizar a população da necessidade de cuidar das plantas.

Praças – As praças públicas de João Pessoa recuperadas e entregues à população durante esta gestão municipal também mereceram destaque durante o Congresso. Na opinião de João Palmeiras – representante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e participante do evento -, o que mais chama a atenção nessa iniciativa é “ver o paisagismo em meio ao concreto interagindo com o aspecto humano”. Para ele, esse é o modelo a ser adotado em todas as capitais.