Reunião define ações para enfrentar e acompanhar casos de violência

Por - em 465

Um dia após o lançamento na Capital da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”, por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), os órgãos envolvidos nas questões de enfrentamento à violência contra a mulher na Paraíba já começaram os trabalhos e prometem fortalecer nas próximas semanas as ações de acompanhamento quanto à responsabilização dos casos de violência contra mulheres cometidos no Estado. Uma reunião realizada nesta quinta (21) na Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), no Paço Municipal, marcou o início dos trabalhos.

“Esta foi uma reunião muito importante porque tivemos a oportunidade de fazer algumas primeiras ações para serem realizadas já nos próximos meses. Trouxemos o lançamento da Campanha para o Município e também queremos estreitar as relações de atuação com os outros órgãos gestores e Poder Judiciário”, destacou a secretária da SEPPM, Socorro Borges.

Durante a reunião, a coordenadora nacional da campanha, Aline Yamamoto, que veio a João Pessoa para o lançamento da campanha, reforçou que o objetivo do Governo Federal é fortalecer nos próximos meses todas as campanhas de alerta a não violência contra as mulheres, e estimular um trabalho em conjunto entre os vários órgãos envolvidos no enfrentamento à violência doméstica e sexual.

“Nossa sugestão é que possa haver uma aglutinação e um diálogo entre os agentes envolvidos no Estado. É importante também que se faça um levantamento em cada um dos órgãos de trabalho para identificar quais os problemas que possam existir na Lei Maria da Penha, e como é possível avançar nas ações de atendimento às mulheres”, destacou.

Outra meta resultante do encontro será a de intensificar o acompanhamento dos processos em andamento de casos cometidos no Estado, principalmente os mais emblemáticos, a exemplo do estupro coletivo cometido contra sete mulheres no município de Queimadas, duas delas assassinadas, em fevereiro de 2012; e ainda os casos das estudantes Aryane Thais Carneio de Azevedo, Rebecca Cristina, e da professora Bríggida Rosely de Azevedo Lourenço, também assassinadas em 2010, 2011 e 2012 respectivamente.

Da reunião desta quinta-feira, também participaram representantes da Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher, Defensoria Pública do Estado, Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e ainda do Juizado da Violência Doméstica e Familiar. No próximo dia 8 de abril, uma nova reunião já está marcada com os mesmos órgãos, que também fazem parte da Rede Estadual de Atenção à Mulher, Criança e Adolescente em Situação de Violência, para definir novas estratégias de ação.