Ruartes promove ação contra o trabalho infantil em feiras livres da Capital

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TrabalhoInfantil_Ruartes_foto_julianasantos 045Lugar de criança é na escola. Esse é um direito assegurado pela própria Constituição Federal. Mas não é sempre que a lei é cumprida, e o que é pior: ao invés da sala de aula muitas delas acabam indo parar em algum tipo de trabalho infantil. Com o objetivo de conscientizar comerciantes e inibir essa prática na Capital, o Programa de Abordagem Social (Ruartes), desenvolvido pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP), está visitando feiras livres da cidade durante todo esse mês de janeiro.

Neste sábado (16), as equipes estarão na feira do Grotão, zona sul da Capital orientando os responsáveis sobre a importância de dizer não ao trabalho infantil e desenvolvendo atividades lúdicas com os pequenos. Na última quarta-feira (13), a equipe promoveu uma ação na feira de Jaguaribe.

A feirante Maria de Lurdes, que trabalha no local há cerca de dois meses, aprova a iniciativa. Ela revela que leva filho, o Adilson do Santos, de cinco anos, apenas para acompanhá-la por que não tem com quem deixá-lo. O garoto segundo ela está de férias da escola. “Eu deixo participar das atividades porque ele gosta e eu sei que faz bem para ele. É uma maneira de distraí-lo enquanto estou trabalhando”, afirmou.

A coordenadora do Ruartes, Maria do Amparo explica que nessas abordagens são levantadas uma série de informações sobre as crianças, como se estão matriculadas em unidade de ensino, se estão trabalhando ou apenas acompanhando os responsáveis. Cada caso é acompanhado periodicamente e sendo comprovada a prática de trabalho infantil, eles podem ser encaminhados para o PET (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) ou os Conselhos Tutelares. “Queremos mostrar para eles que o lugar de criança é na escola e brincando, não no trabalho”, disse a coordenadora.

“Essa é uma maneira de mostrarmos para os pais que as crianças não gostam de estar na feira, que se tiver outra coisa, ela vai. Por isso que fazemos essa atividade com jogos, material para desenho e pintura, ou seja, a gente seduz a criança com o que pertence ao seu mundo, que é o lúdico”, finalizou Maria do Amparo.