Sabadinho Bom traz Júnior do Cavaco e o samba de Ditelles Araújo
Dina Melo
O guitarrista Ditelles Araújo faz a sua estreia no Sabadinho Bom deste dia 28. Com oito álbuns gravados (sendo dois em Londres e dois com o lendário produtor musical João Araújo, pai de Cazuza e fundador do selo Som Livre), Ditelles vai deixar de lado a vertente nordestina e MPB que o acompanharam em quatro décadas de carreira para investir no samba.
Ditelles fará o “segundo tempo” do projeto, depois da apresentação de Júnior do Cavaco, um veterano da cena local do samba. O Sabadinho, um dos projetos mais queridos e populares de João Pessoa, é promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), das 11h30 às 16h, na Praça Barão do Rio Branco, Centro Histórico da Capital.
Júnior do Cavaco – Há 14 anos na estrada, quase metade tocando samba e pagode, Júnior do Cavaco foi abduzido pelo chorinho nos últimos anos e vem se aperfeiçoando no gênero imortalizado por Pixinguinha e Jacob do Bandolim.
Às 11h30, ele sobe ao palco do Sabadinho para tocar canções como “Choro negro” (Paulinho da Viola), “Frevo de rua” (Nino Pernamb uco),“Evocação a Jacob” (Avena de Castro), “Um a zero” (Pixinguinha/Benedito Lacerda), “Saxofone por que choras?” (Ratinho), “Perigoso” (Orlando Silveira),“Um tom para Jobim” (Sivuca), “Araponga” (Luiz Gonzaga) e o baião autoral “Saudade de Dominguinhos”, que intitula o seu primeiro CD, ainda em fase de produção.
Ditelles Araújo – Irmão mais novo da cantora Gracinha Teles, Ditelles acumula uma longa trajetória na música. Contemporâneo (e parceiro de discos) da safra de Lula Côrtes, Alceu Valença e Accioly Neto, o campinense começou a carreira nos idos de 1970, em Recife, cantando em programas de rádio e TV.
Atuou em bandas de baile e cumpriu o circuito noturno de bares estilo banquinho-e-violão em Pernambuco até se mudar, em 1980, para São Paulo, onde trabalhou dando aulas, compondo e investindo no mercado de jingles por 20 anos. Desta época, gravou os LPs “Primeira Cantoria Nordestina” (1978) e “Dois Encontros no Agreste” (1983).
“Neste show, vou interpretar sucessos de João Gilberto, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, João Bosco e Gonzaguinha”, anuncia, sem se furtar de autorais sobre as quais ainda está trabalhando para a seleção de repertório.