Samba e soul comandam animação no Ponto de Cem Réis nesta 5ª

Por - em 739

O samba e o groove invadiram o Ponto Cem Réis na noite que antecedeu o aniversário de 426 da cidade de João Pessoa. O público que compareceu à estrutura montada para a Festa das Neves 2011, pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), nesta quinta-feira (4), presenciou uma verdadeira mistura de ritmos, em que o samba foi protagonista. A diversidade sonora da noite foi de responsabilidade das bandas Black Rio e Sonora Samba Groove.

Quatro apresentações de cultura popular também animaram o público. Passaram pelo palco: Zezinho da Borborema e Curió de Bela Rosa (Guarabira/PB e Mogeiro/PB), Cavalo Marinho Boi Pimentel (Aliança/PE), Coco de Roda Indígena da Aldeia Cumaru (Baía da Traição/PB) e Ciranda do Sol (Bairro dos Novais – João Pessoa/PB).

A banda Black Rio mostrou um repertório que animou o público. Cantando sucessos de cantores consagrados como Jorge Ben Jor, Ed Motta, Tim Maia e Djavan, o público interagiu com a banda e correspondeu à animação do repertório. Os músicos William Magalhães, Lúcio Trombone, Cláudio Rosa, Trick, Vanderlei Silva e Thiago Silva (Chocolate) saudaram a cidade de João Pessoa aniversário e falaram da satisfação de tocar ao público pessoense antes de mostrar o repertório.

Na lista de músicas, o público pode conferir músicas do início da banda (em 1976) como “Mr Funk Samba” e “Maria Fumaça”, além de versões de cantores consagrados e a mistura de samba a ritmos funk e soul. O show da banda Black Rio encerrou as apresentações da sexta de noite da Festa das Neves 2011.

Da Paraíba – O show da banda Sonora Samba Groove abriu as apresentações musicais da noite e já mostrou que o samba daria o tom da noite. Misturando samba com percussão, os músicos mostraram um repertório inédito e também apostaram em versões de cantores consagrados para animar o público.

A mistura deu certo, pois o público presente no Ponto Cem Réis vibrou com a apresentação dos paraibanos. Com o samba como ritmo principal, os músicos brincaram com a diversidade, adicionando outros ritmos, o que resultou em uma apresentação com bastante diversidade.

O show teve como base músicas inéditas para o público, que farão parte do nova publicação da banda. Versões de músicas de cantores e compositores consagrados como Chico Buarque e Pinto do Acordeon também integraram o repertório,  que animou o público de João Pessoa.

Cultura popular – Antes e no intervalo das atrações músicas, as atenções do público presente se voltam para as apresentações de grupos de cultura popular dentro do projeto “Brincantes Brasileiros”. Os quatro grupos que passaram pelo Ponto Cem Réis fizeram o público se mostrar animado com os ritmos apresentados.

Mais uma vez, a diversidade de ritmos marcou presença na festa. Os grupos mostraram coco, ciranda, cultura indígena, folguedo popular e emboladas. A primeira apresentação da noite foi da dupla Zezinho da Borborema e Curió de Bela Rosa, que apresentaram uma poesia articulada e inteligente. “Eles são muito divertidos e inteligentes, sem contar com ao humor e rapidez com que apresentam a embolada”, afirmou a publicitária Valéria Lucena.

Na sequência, o Cavalo Marinho/Boi Pintado fez uma apresentação de folguedo popular, que misturou música, dança, figurino e atuação. Dentre as danças apresentadas, ritmos como o manguião e coco surpreenderam o público. “Não conhecia esse tipo de apresentação, mas é algo que impressiona pela sua beleza”, atesta a secretaria Lenira Cavalcante, que assistiu pela primeira vez a performance do grupo. Uma apresentação completa de folguedo popular pode levar até oito horas, pois são 22 pessoas apresentando 76 personagens, divididos em 66 partes.

Coco e ciranda empolgam – As duas últimas apresentações do “Brincantes Brasileiros” protagonizaram uma dos pontos de maior empolgação da noite. Com performances baseadas em coco e ciranda, respectivamente, os grupos Coco de Roda Indígena da Aldeia Cumaru e Ciranda do Sol fizeram o público quebrar o protocolo de apresentações e dançar junto com os grupos.

Após o show da banda Sonora Samba Groove, as atenções voltaram para o palco das apresentações populares e o público pode ver o show do Coco de Roda Indígena da Aldeia Cumaru. Os 27 integrantes mostraram uma dança da época dos Potiguaras e contagiou o público. Diversas pessoas arriscaram passos de coco junto aos integrantes do grupo ao som do bombo e do ganzá.

Após o coco, foi a vez da ciranda dominar a cena e animação continuou. Mais de 30 integrantes da Ciranda do Sol fecharam a noite de apresentação popular com muita animação. “Não tem como não se contagiar com o ritmo. Mesmo sem saber dançar é só sentir o ritmo e acompanhá-los”, garante a professora Isadora Lins.