Secretaria da Mulher realiza ação de mobilização na Faculdade Facene/Famene

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seppm_facenefamene_foto_rafaelqueiroz_ (14)A Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), realizou nesta segunda-feira (11) mais uma ação de mobilização de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. A iniciativa ocorreu na Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (Facene/Famene), no Valentina, com a realização da palestra ‘Violência contra Mulher’.

A palestra foi ministrada pela coordenadora da área de violência, Vera Rodrigues, para os estudantes do 7º período do curso de Medicina, que na ocasião falou, dentre outros temas, como se forma o ciclo da violência doméstica. “As mulheres, em média, passam 12 anos para sair do ciclo vicioso da violência”, relatou.

O professor da disciplina de Introdução Serviço de Ensino a Comunidade (Isec), Sérgio Virgínio, considera a ação de mobilização da PMJP muito importante, pois alerta para vários aspectos que os futuros profissionais de medicina precisam conhecer. Um deles é a notificação compulsória, que na maioria dos casos o médico ou enfermeiro, responsável pelo atendimento a mulher vítima da violência nos hospitais, precisa saber preencher.

“Muitos médicos e enfermeiros têm medo de preencher a ficha de notificação com receio de serem chamados pela polícia para depor”, revelou Vera Rodrigues. No entanto, disse ela, o agente de saúde tem obrigação de preencher a ficha e o médico responsável pelo atendimento assinar. “As notificações compulsórias são diferentes da denúncia, pois ela ajuda a elaborar as políticas públicas para sociedade”, comentou a coordenadora.

Casos – A violência contra mulher acontece não apenas nas camadas mais baixas da sociedade, mas nas classes médias e altas. Dados do Centro de Referência da Mulher apontam mais de 40 casos por mês de mulheres que são vítimas da agressividade masculina.

Um dos fatores que a coordenadora chamou atenção foi para o fato de que a própria vítima precisa compreender porque mantém essa relação de dependência afetiva com esse companheiro. Para isso, o Centro de Referencia da Mulher disponibiliza de psicólogos e psiquiatras que vão ajudar a essa mulher na caminhada para recuperação. “É preciso saber o que essa mulher deseja, se quer manter ainda relação com esse companheiro, se quer denunciar ou apenas mudar a forma da relação que ela se encontra”, acrescentou Vera Rodrigues.

SEPPM – A Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres tem como papel fundamental contribuir para a promoção da equidade de gênero, por meio da implantação de políticas públicas que efetivem os direitos humanos das mulheres e elevem sua cidadania, superando as situações de desigualdades vivenciadas por elas na sociedade. Mais informações, denúncias e apoio às vítimas podem ser feitas pelos telefones: 3218-5628 ou 3221-4501. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no Paço Municipal, Centro.