Secretaria das Mulheres promove evento de acolhimento as vítimas de violência doméstica
Vinte mulheres que estão sob medida protetiva da justiça participaram nesta quarta-feira (24) da Roda de Mulheres, promovido pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres (SEPPM) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). O evento aconteceu no auditório Neusa Agra de Oliveira, na sede de lazer do Instituto de Previdência Municipal (IPM), no Altiplano.
A secretária da SEPPM, Adriana Urquiza, explicou que a Ronda Maria da Penha é um serviço realizado pela prefeitura em colaboração com o judiciário e defensoria pública com o intuito de acolher as mulheres em situação de risco e ao mesmo tempo renovar as esperanças. “Dizer para elas que não estão sozinhas, que podem contar com a secretaria, e ao mesmo tempo apresentar quem são os advogados, além de tentar saber como está a situação de cada uma e procurar meios para solucionar”, comentou Adriana.
A Ronda Maria da Penha fez esse ano mais de 400 visitas a mulheres com medidas protetivas, segundo a secretaria Adriana Urquiza, e a pretensão é de que essas visitas sejam mais frequentes. A juíza de direito e coordenadora da mulher em situação de violência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Graziela Queiroga Gadelha de Souza, disse que esse trabalho é muito importante para as mulheres, pois hoje em João Pessoa existem 8.500 processos correndo na justiça e na Paraíba a estatística de processos é de 15 mil.
“Trazer para perto de nós a nossa usuária, aquela pessoa que vem para dialogar e passar uma tarde de esclarecimento, além de ser bastante eficaz para que elas não se sintam sozinhas”, comentou a juíza de direito que explicou para as mulheres do Ronda Maria da Penha as medidas de proteção e sobre o julgamento de seus agressores.
Uma dona de casa de 44 anos, que não quis se identificar, comentou que ainda sofre ameaças do seu ex-companheiro e saber que tem um lugar onde possa recorrer nestes momentos é gratificante. “É uma situação que muitas vezes não sabemos para onde ir e a quem recorrer dessas ameaças”, comentou emocionada.
A coordenadora do programa Ronda Maria da Penha, Elana de Oliveira Barros, contou que no primeiro semestre de 2019 foram feitos 654 atendimentos dentro do programa Ronda Maria da Penha. Dentre os atendimentos estão acompanhamento jurídico em audiência, renovação da medida protetiva na delegacia e esclarecimento sobre os demais trâmites processuais das usuárias.
Programa Ronda Maria da Penha – Para integrar o programa a mulher pode procurar a Secretaria de Mulheres e lá dizer que deseja fazer parte do programa. Para se inserir, ela precisa ter uma medida protetiva deferida pelo juizado para só então começar a receber visitas tranquilizadoras, que é feita pela Guarda Municipal em casa, no trabalho ou em um ambiente onde ela se sentir mais segura.