Seminário avalia andamento de estudos para proteção da Falésia

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A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) realizou o 2º Seminário de Avaliação dos Estudos da Dinâmica Costeira que vão subsidiar soluções para a contenção da erosão na falésia do Cabo Branco e Ponta do Seixas. A reunião aconteceu na quinta-feira (28), no Departamento de Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Os estudos começaram em agosto de 2007, depois de firmado um convênio entre a PMJP e o Ministério da Integração Social (MIN), no valor de R$ 622 mil, sendo R$ 560 mil do Governo Federal e R$ 62 mil da contrapartida da PMJP.

O encontro teve a participação dos quase 60 estudiosos que compõem as 10 equipes interdisciplinares que em julho próximo vão concluir essa etapa de coleta de dados e partir para a concepção de soluções que possam reduzir o impacto do avanço do mar no trecho compreendido entre a falésia do Cabo Branco e a Ponta do Seixas. Esse projeto conta com a parceria das Universidades Federais da Paraíba (UFPB), de Pernambuco (UFPE), Ceará (UFCE), Rio Grande do Sul (UFRS) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), através de sua Fundação Apolônio Salles.

Diagnóstico – Nesses sete meses de trabalho, foram traçados os diagnósticos dos meios físicos marinho e continental, além de um diagnóstico sócio-ambiental e cultural da área pesquisada. Esses documentos registram, entre outros dados, o movimento das correntes marinhas, profundidade do mar, altura das ondas e ação dos ventos, que são elementos que definem o deslocamento da linha da costa, ou seja, a erosão. Os estudos comprovam também a grande diversidade da biota marinha na área, sendo registrado o aparecimento de novas espécies da fauna e flora.

Concluída esta etapa, prevista para o mês de julho de 2008, um programa avançado de informática – utilizado pela UFRPE – vai permitir a modelagem matemática, isto é, que o resultado desse levantamento seja trabalhado no computador como se fosse um simulador de soluções, a partir do qual vai se chegar ao projeto mais adequado de proteção à falésia. Esse projeto será apresentado – provavelmente em 2009 – ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e só será executado mediante a Licença Prévia fornecida pelo órgão.