SEPPM promove oficinas sobre gênero e violência doméstica em comunidades

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Foto - Baixo Róger 2A Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), promove neste mês oficinas sobre gênero e violência doméstica e familiar em quatro bairros e comunidades da Capital. A proposta é formar multiplicadores nessas localidades para discutir com outros moradores o problema da violência contra as mulheres. A ação acontece em parceria com a Incubadora de Empreendimentos Solidários (Incubis), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

“Queremos ampliar as discussões e debates sobre essa temática da violência doméstica dentro das comunidades de João Pessoa. A intenção é formar novos multiplicadores e multiplicadoras que possam contribuir nas suas comunidades trazendo o tema para discussão e também orientando principalmente às mulheres sobre como acessar a rede de enfrentamento à violência contra a mulher”, ressaltou a secretária da SEPPM, Socorro Borges.

A primeira reunião, realizada no bairro do Baixo Róger, na sede da Ong Casa Pequeno Davi, reuniu líderes comunitários e estudantes. Na oficina foram apresentadas questões sobre padrões de comportamento preconcebidos para homens e mulheres; o que é a violência doméstica e familiar; como se formam os ciclos de violência; o que é a Lei Maria da Penha; e quais os serviços que compõem a rede de atendimento às mulheres em vítimas de violência, a exemplo do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, serviço do município de atendimento a mulheres em situação de violência.

“Foi muito proveitoso saber que a cultura que aprendemos sobre homens e mulheres também resulta na própria violência contra as mulheres”, disse Uilma Glória de Jesus, líder comunitária da Pastoral da Criança e uma das participantes da oficina.

A coordenadora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da SEPPM, Verônica Rodrigues, reforça que a ideia é exatamente provocar uma reflexão dos participantes sobre padrões de comportamentos e o que aprendemos quanto a conceitos que definem homens e mulheres e que fortalecem uma cultura ainda machista e de desigualdade para as mulheres. “Durante essas conversas, as pessoas acabam refletindo sobre seus próprios comportamentos e, na maioria das vezes, também se questionando se estão contribuindo ou não para uma cultura de desrespeito às mulheres”, destacou.

Outro ponto importante nas oficinas, completa Verônica, é promover a divulgação sobre os serviços de atendimento e apoio às mulheres vítimas de violência. “Essas informações acabam sendo repassadas entre os moradores e, principalmente, entre as mulheres para suas amigas, vizinhas ou familiares que estejam em situação de violência”.

As próximas oficinas promovidas pela SEPPM acontecem nas comunidades do Citex, no Bairro do Geisel; Timbó, nos Bancários; e São Rafael, no Castelo Branco. “Este é um projeto mais amplo em comunidades onde existem rádios comunitárias, onde queremos discutir várias temáticas com os moradores e, no final do projeto, produzir CDs sobre as oficinas”, acrescentou Daniel Pereira, integrante do Incubes.