Sine-JP encaminha 643 trabalhadores para o mercado de trabalho em 2 meses

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O Sistema Nacional de Empregos de João Pessoa (Sine-JP) é um dos principais agentes intermediários de mão de obra na Capital. Atendendo às solicitações de empresas, 643 trabalhadores foram encaminhados ao mercado de trabalho nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Outras 3.800 vagas devem ser preenchidas até o final de 2012 na empresa de call center que vai se instalar na Capital, AeC, que vai contratar para os cargos de atendente de telemarketing, operador de serviços gerais, eletricista, encanador e serviços administrativos.

De acordo com a coordenadora do Sine-JP, Ludmila Carvalho, a maior parte das vagas são para o setor de serviços e comércio. “A maioria das empresas solicita candidatos com pelo menos ensino médio completo, experiência mínima de seis meses e cursos de qualificação nas respectivas áreas de atuação”, diz ela.

Conforme Ludmila, os empresários querem que os candidatos sejam comunicativos, articulados e pro-ativos. Entretanto, como a maioria das pessoas está candidata ao primeiro emprego (sem experiência), principalmente nas áreas de vendas, auxílio administrativo e serviços gerais, algumas vagas levam bastante tempo para serem preenchidas.

A maior parte dos trabalhadores que procuram o Sine-JP dispõe de ensino fundamental e médio, o que pode dificultar na admissão ao trabalho, dependendo da vaga pretendida. “Entre os candidatos às vagas, uma pequena parte está cursando o ensino superior (em busca de estágio) e um número ainda mais reduzido de pessoas possui curso superior completo”, afirma a coordenadora do Sine-JP.

As maiores demandas das empresas são pelos seguintes setores:

·         Alimentação: cozinheiro, auxiliar de cozinha, cumim e pizzaiolo;

·         Beleza e estética:  manicure (unhas de gel), cabeleireiro (escovista e penteado);

·         Construção e reparos: revestimento e instalações, pedreiro, serralheiro e soldador;

·         Madeira e móveis: carpinteiro, marceneiro e montador de móveis e esquadrias;

·         Metal-mecânica: mecânico de motos;

·         Serviços domiciliares: empregada doméstica e babá;

·         Vestuário: costureiras em geral.

Empresas – Em uma construtora localizada na BR-230, a gerente de Recursos Humanos, Robertha Rodrigues, diz que a maior parte dos contratos de trabalhadores é feito por intermédio do Sine-JP. “Nós contratamos uma média de 50 a 60 pessoas no ano pelo Sine-JP, entre serventes, pedreiros e guincheiros da construção civil. Esta última função é mais específica e difícil de contratar, assim como a de técnico em edificações, que ficou um mês à disposição pelo Sine, mas conseguimos preenchê-la”, diz ela.

Robertha Rodrigues também gerencia o RH de outra empresa do grupo, que distribui materiais de construção. Neste caso, as contratações são para atendimento, com vagas para operador de empilhadeira, recepcionista ou assistente financeiro, por exemplo. Como se trata de atividade comercial, a gerente afirma que a necessidade de trabalho é menor, assim como a rotatividade dos trabalhadores, mas o papel do Sine-JP não é menos importante.

Já em um supermercado em Água Fria, foram contratados 17 funcionários no final do ano passado, também encaminhados pelo Sine-JP, de acordo com a gerente de Recursos Humanos, Priscila Urquiza. “Nossa demanda é maior na época de fim de ano porque o consumo aumenta. São os empregos temporários. Sempre procuramos o Sine-JP quando temos vagas para setor operacional, como repositor, operador de caixa, ou auxiliar de depósito. Os melhores trabalhadores nós mantemos no quadro fixo da empresa”, explica ela.

De acordo com Alaor Barbosa, gerente de um hotel localizado na praia de Tambaú, a maior parte das vagas é para a área de manutenção, para serviços de marceneiros, pedreiros e ajudantes. “Este é o setor mais rotativo em nosso hotel, porque na parte operacional há uma estabilidade maior entre os garçons, cozinheiros e recepcionistas, por exemplo. Mas quando há oportunidades, sempre procuramos o Sine-JP e nosso banco de currículos para o preenchimento de vagas”.