Terceiro dia do Augusto das Letras debate Manuel Bandeira

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O terceiro dia do projeto Augusto das Letras começou com um debate sobre o poeta Manuel Bandeira que contou com a participação jornalista que atualmente é secretário de Comunicação da Prefeitura de João Pessoa, Marcus Alves, do poeta paraibano Sérgio de Castro Pinto e a escritora Neide Medeiros. O evento ocorreu no Centro Cultural Joacil de Brito Pereira, no Centro Histórico da capital.

Marcus Alves, que também é poeta, agradeceu o convite dos organizadores e disse estar feliz com a repercussão deste projeto, cujo objetivo é conversar sobre a Literatura e seus rumos. “A densidade do público e dos palestrantes, do ponto de vista literário, nos impulsionaram o desafio de participação”, frisou.

Segundo o secretário, Manuel Bandeira é um poeta do cotidiano, que abrange uma vastidão de mundo complexa, mesmo abordando aquilo que para muitos, parece, trivial. “A alma de Manuel Bandeira pode ser vista como uma ponte entre a tradição e a renovação. Ele aborda as vozes da rua, do trivial e estuda a reorganização dos espaços poéticos”, destacou.

Em sua fala, o poeta paraibano Sérgio de Castro Pinto, que também é jornalista e professor de literatura brasileira da UFPB e se debruçou sobre a obra de Manuel Bandeira no doutorado, mostra que Manuel Bandeira abstrai o novo diante do velho. “Ele tem nos textos a marca da vida e se equilibra diante do caos da linguagem como elemento de transfiguração da realidade”, disse Sérgio Castro.

Já a escritora Neide Medeiros, que é autora de diversos livros, incluindo quatro sobre a obra de Augusto dos Anjos, e integrante da Fundação Nacional do Livro, Manuel Bandeira também é um poeta que traz a marca da realidade. “Meu Bandeira é aquele poeta engajado com problemas sociais, que rememora o passado com ternura e trata a morte como fim dos milagres”, concluiu.