Vale do Gramame ganhará usina de reaproveitamento da fibra de coco

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A fibra do coco verde consumido no litoral de João Pessoa agora vai ter destino certo, com a construção da primeira usina de reaproveitamento do resíduo. O objetivo é desenvolver a atividade artesanal na região do Vale do Gramame, com base na utilização da fibra e da quenga do coco, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Atualmente, cerca de cinco toneladas de coco são jogadas no lixo por mês na Capital. Com a aplicação desse projeto, o material será reaproveitado na manutenção e ampliação da produção artesanal, envolvendo pelo menos 30 famílias das comunidades de Gramame, Engenho Velho e Colinas do Sul.

Para implantação da Usina de Beneficiamento dos Resíduos do Coco Verde serão destinados mais de R$ 169 mil, sendo R$ 154,5 mil vindos do Ministério do Turismo e R$ 14,5 mil da Prefeitura de João Pessoa (PMJP).

Parceiros – O projeto foi desenvolvido pela Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria Executiva de Turismo (Setur), e busca equilibrar a utilização dos recursos naturais e a geração de trabalho e renda complementar para a comunidade local. A iniciativa também conta com o apoio da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), que está responsável pela formação da associação, gestão e capacitação das pessoas beneficiadas diretamente.

Os demais parceiros do projeto são a Escola Viva Olho do Tempo (Evot), Embrapa Agroindústria Tropical, que vai capacitar pessoal para o uso do maquinário; Secretaria de Meio Ambiente (Semam), com ações de desenvolvimento da otimização dos recursos naturais e a Secretaria Executiva de Ciência e Tecnologia (Secitec), que cuidará dos recursos tecnológicos da iniciativa.

Localização – Esta semana, a área de aproximadamente seis mil metros, localizada próxima à Evot, em Gramame, vai abrigar um galpão com equipamentos. Pelo projeto, o galpão será coberto em telha de fibrocimento, paredes em alvenaria, portas e janelas em chapa compensado e piso encimentado, incluindo tanque de alimentação e recepção de resíduos sólidos. Em seguida acontece a instalação do sistema de eletricidade e a aquisição de todas as máquinas para produção artesanal da quenga do coco seco e da fibra do coco verde.

Turismo rural – A área será estruturada para ser usada como um equipamento que permita a visitação turística, já que no Vale do Gramame está sendo um trabalho de turismo rural sustentável.

Para integrar as famílias beneficiadas, será formada a Associação dos Artesãos do Vale do Gramame. Os associados receberão cursos de capacitação para manuseio do maquinário, para o aperfeiçoamento da produção artesanal, designer de novos artefatos, difusão de novas técnicas, diversificação da produção, e ainda capacitação para o empreendedorismo e gestão empresarial. A obra deve ser finalizada até outubro deste ano.

A construção da usina é uma das ações do ‘Projeto Turismo Rural Sustentável no Vale do Gramame’, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), numa promoção da Fundação de Educação Tecnológica e Cultural da Paraíba (Funetec), tendo como pontos de apoio o Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (Cefet-PB) e a Evot, ligados aos diversos parceiros do Vale do Gramame.