Secretaria de Saúde desratiza orla de João Pessoa para prevenir leptospirose

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DesratizacaoPraias_FotoMazinhoGomes1Teve início nesta terça-feira (22) uma ação de combate aos roedores na orla de João Pessoa, como prevenção à leptospirose. A ação contou com o trabalho de equipes da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que realizaram desratização nas praias de Tambaú e Cabo Branco, pela manhã e à tarde. O ponto de apoio dos agentes ambientais foi o Busto de Tamandaré, onde a Gvaz montou tendas com o mostruário de educação ambiental e uma exposição de cães e gatos para adoção.

“Este ano, já realizamos desratização em 60 mil prédios da Capital, fora os mercados públicos e outros logradouros. Já utilizamos um total de cinco toneladas de raticida”, disse o gerente da Gvaz, Nilton Guedes. De acordo com ele, os agentes andaram por todo o percurso das praias de Tambaú e Cabo Branco, em busca de tocas de roedores e de locais com oferta de alimento. “Também explicamos aos comerciantes e à população que, para evitar a proliferação de ratos, é necessário ficar atento aos quatro ‘as’ que atraem os ratos: alimento, abrigo, água e acesso”, alertou.

A ação desta terça continua na quarta-feira (23), em um trecho da Praia de Cabo Branco que ainda não foi desratizado. Na quinta-feira (24), a Gvaz monta suas tendas na Praia de Manaíra, próximo ao Mag Shopping, a partir das 6h. De lá, as equipes vão até o Largo da Gameleira; no segundo horário, às 15h30, partem das tendas em direção ao Bessa.

Outras praias – As praias do Sol, de Gramame e da Penha também serão visitadas pelos agentes da Gvaz, ainda nesta semana. “Esse é um trabalho necessário e muito cuidadoso, pois trabalhamos com material tóxico. Não podemos colocar raticida em todos os locais que a população pede, como bueiros de água pluvial, por exemplo, porque o veneno pode escorrer para córregos e para o mar. Por isso é preciso cautela e também muita conversa com as pessoas”, disse João Batista, apoiador da Equipe de Roedores da Gvaz.DesratizacaoPraias_FotoMazinhoGomes2

Leptospirose – A bactéria leptospira está presente na urina do rato e pode atingir os rins, o fígado e a musculatura da pessoa infectada. A contaminação no homem se dá através da pele – principalmente quando existe alguma lesão – ou de mucosas. Os roedores domésticos mais comuns, que levam a leptospirose ao homem, são o rato de telhado (ou de forro), a ratazana (ou gabiru, encontrado em praias ou esgotos) e o camundongo (ou catita).

Por dia, os ratos bebem de 15 a 30 mililitros de água e consomem 20 a30 gramas de alimento – que pode ser lixo orgânico, cereais, raízes e carne. Devido ao hábito noturno, a população deve remover diariamente o lixo e deixá-lo indisponível no período da noite, para evitar visitas desses roedores ao local. “A presença de ratos é certa onde há comida fácil, água e entulhos”, acrescentou João Batista.

 

Forma de prevenção:

1.       Manter o lixo acondicionado em sacos plásticos e dentro da lixeira tampada, retirando-o diariamente e mantendo a lixeira limpa;

2.       Proteger aberturas externas com telas metálicas;

3.       Não deixar alimentos de animais domésticos expostos à noite;

4.       Armazenar corretamente produtos e utensílios;

5.       Manter terrenos baldios livres de matos e lixo;

6.       Manter os jardins bem cuidados, sem amontoados de vegetação;

7.       Evitar o acúmulo de objetos em garagens e sótãos;

8.       Fazer desratização preventiva;

9.       Não utilizar jamais raticidas conhecidos como “chumbinhos” (são extremamente perigosos, pois envenenam por ingestão e também por contato cutâneo e por inalação).