Vigilância constata redução de focos na segunda contagem de ovas da dengue

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A Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez a segunda contagem de ovos do mosquito da dengue no Bessa, bairro onde estão instaladas 30 armadilhas do tipo ovitrampa, desde o dia 2. De acordo com essa nova inspeção, houve armadilha na qual foram encontrados mais de 400 ovos.

Segundo Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental, os focos encontrados nessa segunda semana de inspeção indicam que surtiram efeito as ações de controle desencadeadas nas quadras mais problemáticas da primeira semana. “Houve redução nas casas trabalhadas, mas pretendemos desencadear ações ainda mais ágeis, a partir de agora”, disse.

A partir desses dados, a Vigilância está realizando ações no local, com destruição de criadouros e pulverização de veneno. Nilton insiste, porém, na importância da população nesse combate. “São muitos focos, por isso a ajuda de todos é essencial. Cada morador precisa ficar atento e evitar o acúmulo de água sem os devidos cuidados”, acrescentou.

Armadilha – A ovitrampa é constituída de um pote preto fosco, com capacidade para um litro de água, sem tampa e com uma palheta de madeira compensada, presa verticalmente por um clipe no interior da armadilha. Nesse pote, é colocada água de torneira com larvicida. As fêmeas do mosquito são atraídas ao balde e fazem a oviposição na palheta. “Depois da retirada dessas palhetas, os agentes fazem uma contagem do número de ovos, um por um”, explicou Nilton.

As armadilhas foram recolhidas para verificação e recolocadas nos mesmos pontos para nova aferição, na próxima semana – quando haverá o recolhimento definitivo das ovitrampas. Segundo Nilton, essa mesma ação irá para outros bairros da Capital, posteriormente.

Ciclo – O Aedes aegypti passa por quatro estágios de crescimento: ovo, larva, pupa e mosquito adulto (o período total dura cerca de 10 dias). Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, as fêmeas do Aedes escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o mosquito não consegue se reproduzir.