SMS realiza atividades da luta antimanicomial no Sabadinho Bom

Por - em 483

Neste sábado (18), comemora-se o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Para alertar a população, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizará atividades dentro da programação do Sabadinho Bom, a partir das 12h, na Praça Rio Branco. Haverá distribuição de panfletos, apresentação de esquete teatral e um momento de reflexão sobre a importância da luta.

O título da esquete é “Eu posso ser o que eu quiser”, e será encenada por duas crianças atendidas no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CapsI Cirandar). “O espetáculo foi criado e ensaiado pelo oficineiro de dança popular Edvaldo Pereira, que trabalha com as crianças e jovens do Cirandar”, disse a coordenadora de Saúde Mental da SMS, Janaína de Oliveira.

No dia 18 de maio de 1987, durante o Congresso Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental, na cidade de Bauru (SP), foi decretado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial – Por uma Sociedade sem Manicômio. Desde então, a sociedade civil, especialmente os trabalhadores, familiares e usuários dos serviços de saúde mental lutam pela transformação da relação entre loucura e sociedade.

O objetivo da luta, segundo Janaína, é que as pessoas com sofrimento psíquico tenham uma vida digna, livre e independente, e que tenham seus direitos de cidadãos assegurados, bem como a constituição de serviços de saúde mental que ofereçam um tratamento pautado no respeito e na possibilidade de atuação no espaço social.

O começo – Na sua origem, o movimento de luta antimanicomial está ligado à Reforma Sanitária Brasileira, da qual resultou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Está ligado também à experiência de desinstitucionalização da psiquiatria desenvolvida na Itália, nos anos 1960.

Como processo decorrente deste movimento, temos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10.216/2001 (Lei Paulo Delgado). Como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, é transferido o foco do tratamento, que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.