Estudantes da Rede Municipal participam de prêmio literário do Ano Cultural

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Esta quinta (13) e sexta-feira (14) foram dias de aprendizado para os professores do 4º ao 8º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal de ensino. Os docentes participaram do seminário ‘Gênero Carta: uma proposta metodológica’. A atividade, realizada no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), foi à porta de entrada para o prêmio literário desta edição do Ano Cultural, onde os estudantes vão produzir uma carta destinada às homenageadas Cátia de França e Elba Ramalho.

Ministrado pelo professor José Alves Dionísio, o seminário serviu para orientar os docentes que vão repassar as regras para o alunado. A coordenadora do Ano Cultural, Aurineide Gonçalves, relata que o prêmio consiste na redação de uma carta, que deve atender as características desse tipo de gênero textual. “Cada unidade de ensino vai selecionar três cartas do 4º ao 8° ano, além da EJA. Em seguida, a comissão se reúne e faz uma avaliação das três melhores de cada série. O importante é participar. Os professores estão bem envolvidos, isso mostra que teremos ótimos trabalhos”, afirmou Aurineide.

A professora Carla Lucena, da Escola Municipal Hugo Moura, em Mandacaru, já imagina como vai ser bom trabalhar com os estudantes como deve ser escrita à carta. “Vai ser emocionante, até porque as artistas têm histórias lindas que vão render muita coisa”, disse.

Carta – Com no mínimo 20 linhas e no máximo 30, a carta deve ser digitada com fonte arial, corpo 12 e espaçamento entre linhas 1,5. O texto deverá atender à estrutura de uma carta.

“Quando escrevemos uma carta pessoal é porque queremos nos comunicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares, e o tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se podem usar termos coloquiais ou mesmo gírias”, explicou o professor Dionísio.

Homenageadas – Cátia de França nasceu em João Pessoa e desde menina aprendeu a dominar instrumentos como piano, sanfona e violão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor. No final da década de 1970, já no Rio de Janeiro, contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca, e começou a despontar no cenário nacional com seu primeiro disco.

Da cidade de Conceição, no Sertão paraibano, o Brasil ganhou a atriz e cantora Elba Ramalho, que se familiarizou cedo com os mais diversos ritmos nordestinos. Nos anos 70, ela saiu da Paraíba para o Sudeste, onde solidificou a carreira com sua voz e seu estilo. A artista consegue estar em destaque no cenário artístico nacional há mais de 30 anos, sem perder o vigor e a energia.

Ano Cultural – Desenvolvido pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), o Ano Cultural tem como objetivo aprofundar o conhecimento dos estudantes da rede municipal de ensino sobre os grandes artistas paraibanos e suas obras.

Durante todo o ano letivo de 2013, os alunos irão se inspirar nas obras de Cátia de França e Elba Ramalho nos projetos interdisciplinares desenvolvidos nas escolas e nos Centros de Referência de Educação Infantil (Creis).

O projeto foi criado no ano de 2007 e já homenageou Ariano Suassuna (2007), José Lins do Rego (2008), Sérgio de Castro Pinto (2009), Zé Ramalho (2010), Políbio Alves (2011) e Hebert Vianna (2012).