SMS prepara ação para combater esquistossomose na Comunidade Engenho Velho

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Na próxima segunda-feira (15), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz), realiza uma investigação na Comunidade Engenho Velho para diagnosticar casos de esquistossomose na região. Os agentes comunitários de Saúde e de Vigilância Ambiental distribuirão coletores em todas as casas, para exames parasitológicos, e darão orientações à população.

Coletado na terça-feira (16), o material será examinado na própria Gvaz – os resultados, tanto os negativos quanto os positivos, serão entregues pelos agentes comunitários a todas as pessoas que se dispuserem a participar da investigação. “Aqueles que estiverem com esquistossomose serão encaminhados para tratamento na Unidade de Saúde”, disse Nilton Guedes, gerente da Gvaz.

A população também será alertada sobre como evitar a doença, que é transmitida por caramujos de água doce. “Não podemos eliminar os caramujos, pois o produto usado para isso é muito agressivo e pode matar outras espécies da fauna local. Para não pegar a doença, é imprescindível que as pessoas mudem seus hábitos, por isso estamos fazendo, também, um trabalho educativo”, explicou.

Causa – Segundo Nilton, no Brasil, a esquistossomose é causada pelo parasita Schistossoma mansoni, que tem a espécie humana como hospedeiro definitivo – os caramujos de água doce são os hospedeiros intermediários.

Ele explicou que uma pessoa contaminada libera ovos do parasita pelas fezes. Se ela defecar em rios, córregos, lagoas ou outros ambientes de água doce, as larvas serão liberadas e continuarão o ciclo de vida ao se alojar nos caramujos. “Depois de desenvolvidas, elas são liberadas nas águas e, em contato com a pele e a mucosa humanas, entram no organismo e obstruem veias do fígado e do intestino”, disse.

Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga-d’água) são outras manifestações possíveis.

Tratamento – O tratamento da doença é feito com antiparasitários, geralmente em dose única. A prevenção consiste em identificar e tratar pessoas adoecidas, promover o saneamento básico e informar a população de risco.

Além disso, evitar contato com água represada ou de enxurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato com água suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias.