Casos de dengue diminuem 68% no primeiro semestre em João Pessoa
Os casos de dengue em João Pessoa diminuíram em 68% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com o boletim mais recente divulgado pela Gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O boletim mostra que foram confirmados 339 casos de dengue na Capital entre 1º de janeiro e 8 de julho deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado foram registrados 1.076 casos da doença. Neste espaço de tempo, nenhum óbito foi registrado em decorrência da dengue. Já no ano passado, três pessoas morreram decorrente do vírus.
Segundo o gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) da SMS, Nilton Guedes, responsável pelas ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, a redução dos casos foi alcançada devido às ações de educação em saúde direcionadas à população.
“Os agentes são divididos por regiões para realizaram as visitas aos domicílios e desenvolvem um trabalho de conscientização e prevenção junto aos moradores dos bairros”, explicou Nilton.
LIRAa – O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Gvaz, apontou um índice de 1,5% na Capital. O levantamento identifica o risco da presença do vetor nos domicílios. Ou seja, a cada 100 casas, apenas 1,5 apresentam risco de reprodução do mosquito.
Segundo Nilton Guedes, o número é considerado de médio risco, porém sob controle, refletido na redução de casos da doença. Ainda de acordo com ele, os bairros que apresentaram a maior quantidade de focos do mosquito foram: Jaguaribe, Cruz das Armas, Cristo, Valentina Figueiredo, Mangabeira, Varadouro, Jardim Oceania e Tambaú.
“Na maioria dessas regiões encontramos depósito como tanques e tonéis armazenando água de forma inadequada, além de sucatas e entulhos, que também possibilitam a presença do mosquito. Nos bairros da região da praia, encontramos muitos materiais descartáveis como copos, por exemplo. Algo que as pessoas poderiam ter mais controle, despejando nos locais adequados”, afirmou.
Nos próximos dias, as equipes da Vigilância Ambiental estarão intensificando ações, especialmente nas áreas que apresentaram mais focos do mosquito, fazendo um trabalho de educação para que a população também participe do combate à dengue.
Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias; durante esse período, o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.