Saúde realiza ações de combate a pragas nos bairros a partir desta terça

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A Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) inicia, nesta terça-feira (19), uma série de ações para controle e eliminação de roedores, focos de mosquitos e animais peçonhentos nos bairros do Bessa, Jardim Oceania e Aeroclube. As atividades seguem até a próxima sexta-feira (22), sempre a partir das 8h. A concentração das equipes será em frente ao condomínio Val Paraíso, no Bessa.

Nas comunidades ribeirinhas do Rio Jaguaribe, na divisa com Cabedelo, o foco será o controle de roedores, com objetivo de diminuir os casos de leptospirose, e a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Todos os prédios em construção nestes bairros também serão vistoriados, a fim de eliminar os possíveis focos do mosquito da dengue e orientar os trabalhadores como evitar a proliferação de criadouros.

Nessa ação, equipes também farão uma pesquisa de criadouros do mosquito no entorno de residências monitoradas por armadilhas ovitrampas, que são armadilhas artificiais que visam saber qual o volume de ovos do mosquito da dengue naquela região.

Nilton Guedes, gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) da SMS, ressalta que o principal objetivo desta ação é orientar a população, onde a Prefeitura está trabalhando não só no combate, mas para evitar a proliferação de pragas e doenças. “A maior arma é a informação. Precisamos trabalhar para evitar que essas pragas tenham alimento, água, abrigo e acesso, pois dessa forma conseguiremos evitar o aparecimento descontrolado de roedores e mosquitos”, enfatizou.

Técnicos da Vigilância Ambiental e Zoonoses farão ainda palestras em escolas dos bairros visitados, para conscientização da população, e visitarão borracharias e sucatas para orientar sobre o destino correto dos pneus que já perderam a vida útil.

Denúncias – Durante todos os dias da ação, uma equipe ficará de plantão em frente ao condomínio Val Paraíso para receber denúncias. A população pode colaborar no combate à dengue, leptospirose e incidentes com animais peçonhentos entrando em contato com o Disque Dengue pelo número 3214-5718.

Pneus – O resíduo de pneu é um grave e crescente problema de saúde pública, particularmente em países de climas tropicais, como o Brasil. Se armazenados inadequadamente, os pneus servem de criadouros para mosquitos transmissores da dengue e outros vetores. A queima desse resíduo também cria uma ameaça perigosa para a saúde, onde essa prática se constitui em crime ambiental.

Por isso, a Gvaz implementou um novo fluxo de coleta para pneus que precisam ser descartados. Os pneus deverão ser enviados para o ponto de entrega, nos dias previamente definidos. O ponto de coleta funciona as segundas, terças e quartas-feiras, das 8 às 11h, na antiga fábrica da Matarazo – Rua Índio Piragibe, Varadouro.

Ovitrampa – É uma armadilha artificial constituída por um pote preto fosco, com capacidade para meio litro de água, sem tampa, com um furo na lateral da parede do depósito. Tem duas palhetas de madeira compensada, tipo eucatex, medindo 2 cm x 12 cm, presa verticalmente por um clipe, no interior da armadilha. No pote é colocada água de torneira. A armadilha deve ser instalada a aproximadamente 1 metro de altura, em local sombreado e protegido da chuva, na parte externa do imóvel.

Dengue – Apesar de ser uma das doenças com maior incidência atualmente, os casos de dengue em João Pessoa diminuíram em 68% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado.

De acordo com o boletim divulgado pela Gvaz, foram confirmados 339 casos de dengue na Capital entre 1º de janeiro e 8 de julho deste ano, enquanto que no ano passado foram registrados 1.076 casos da doença. Neste espaço de tempo, nenhum óbito aconteceu em decorrência da dengue. Já no ano passado, três pessoas morreram.

Segundo Nilton Guedes, responsável pelas ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, a redução dos casos foi alcançada devido às ações de educação em saúde direcionadas à população.

Leptospirose – Além da dengue, a leptospirose é outra doença na qual a Gvaz atua de forma preventiva, “tendo como agente causal a leptospira, presente na urina do roedor”, explicou Nilton.

De acordo com ele, o controle químico (com aplicação de raticida), aliado às ações integradas com a Defesa Civil e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), além de campanhas educativas junto às comunidades, têm sido fundamentais para a redução da infestação de roedores e, consequentemente, do número de casos notificados e óbitos pela doença.

Acidentes com animais peçonhentos – Nos cinco primeiros meses do ano, a Gvaz registrou 625 acidentes com animais peçonhentos. Desses, 587 (94%) foram provocados por escorpiões. Para o controle, as equipes realizam ações em prédios, terrenos e locais estratégicos onde são encontrados esses animais.