Doulas formadas em curso da PMJP começam a atuar no Instituto Cândida Vargas
Vinte e seis doulas, que participaram nos meses de julho e agosto de um curso de formação para o parto humanizado, começam nesta terça-feira (07), o trabalho voluntário de acompanhamento às gestantes no Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa. As aulas foram realizadas pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), no Espaço Equilíbrio do Ser, da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), nos Bancários.
As participantes tiveram acesso a aulas teóricas e práticas (plantões) sobre as atividades e funções da doula no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), assistência ao parto e políticas referentes à saúde da mulher, aleitamento materno, a importância de acompanhamento psicológico às mulheres no pré e pós parto e introdução a práticas integrativas no parto. As aulas foram ministradas por uma médica ginecologista, fisioterapeuta e uma enfermeira.
“É essencial o trabalho das doulas junto às mulheres que chegam às maternidades, muitas vezes sozinhas, sem acompanhante, e em um momento que elas precisam de todo apoio e cuidado. Nosso trabalho é cuidar, enconrajá-las, e dar todo o suporte emocional que elas precisarem”, ressalta a bacharel em Direito aposentada, Enedina Magalhães, uma das vinte seis doulas capacitadas no curso.
Para a estudante de Biologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Taliane Domingos, tem sido uma experiência fundamental em sua vida. “Já participei de dois plantões no Instituto Cândida Vargas, acompanhei duas mães em trabalho de parto e para mim foi muito gratificante, enquanto mulher e profissional, poder contribuir para o nascimento saudável de seus bebês e, para elas, nossa atuação tem sido muito importante”, afirma.
Além destas vinte e seis voluntárias, que se formaram neste terceiro curso, outras dez, oriundas da segunda turma de voluntárias, irão se somar a este grupo para atuar no Instituto Cândida Vargas. A iniciativa é realizada no ICV desde 2012 e conta com a parceria das Secretarias de Saúde (SMS) e do Desenvolvimento Humano e Social (Sedes).
Conforme explica a assessora de saúde, direitos sexuais e reprodutivos da SEPPM, Elizabeth Alves, as profissionais vão trabalhar em plantões semanais de 12 horas e cada escala de plantão contará com três doulas.
O que é doula – a palavra vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se à mulher que orienta e assiste a mãe no parto e nos cuidados com o bebê. Seu papel é oferecer conforto, encorajamento, tranquilidade, suporte emocional, físico e informativo durante do pré e pós parto. Os resultados do trabalho das doulas vêm trazendo revelações surpreendentes na redução das intervenções e complicações obstétricas, bem como facilitando o vínculo entre mãe e bebê.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam e reconhecem o trabalho desenvolvido pelas doulas no Brasil.