Estudantes fazem caminhada em alusão ao Dia da Consciência Negra

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dia_consciencia_negra_foto_corneliofelipe_ (44)Os estudantes da rede pública participaram da caminhada “Mais Negro, Mais Zumbi”, na tarde desta quinta-feira (20), em alusão ao Dia da Consciência Negra, na Comunidade do Nunca, no bairro do Roger, em João Pessoa. A ação foi promovida pelo Centro de Formação Cidadã Margarida Pereira da Silva (CFCMPS), em parceria com a Escola Estadual Ana Higina e o Grupo de Capoeira Angola dos Palmares.

No local houve apresentação de capoeira, maculelê e hip hop, desfile de penteados afro, apresentação musical dos meninos e meninas da Casa Pequeno Davi, performances de circo e teatro da Escola Piollin e encenação com poesias.

A coordenadora do Centro Margarida, Verônica Oliveira ressaltou a importância de eventos como esse. “Acredito que ações como essa propaga a cultura afrobrasileira dentro das comunidades e mostramos para a população que todos nós temos uma essência negra. Afinal, há estudos que comprovam que o homem surgiu na África e temos que tomar consciência de onde viemos. Esse dia tem que ser tão importante quanto o Dia da Independência, como o Dia da Proclamação da República”, disse.

Ainda de acordo com ela, o Centro trabalha a autoestima e a garantia dos direitos da criança e do adolescente negro. “Atualmente, 100% das dia_consciencia_negra_foto_corneliofelipe_ (18)nossas crianças abrigadas são negras e há dados que mostram que João Pessoa é o quarto município onde se mata mais negros. Então, precisamos mostrar pra elas que há outros caminhos e também garantir a esses meninos o direito à sua negritude”, completou.

A coordenadora do grupo de Capoeira Angola dos Palmares, Malu Farias destacou que a sociedade tem que trabalhar em união com o poder público. “Eventos que articula a gestão com o movimento social negro é de suma importância para uma sociedade pacífica. Porque estamos falando de um povo organizado e de uma gestão que respeita o povo. Então, isso é a fórmula para transformação de uma sociedade. É preciso respeito e incentivo para os jovens negros e juntos construirmos um mundo melhor”, destacou.

Ainda participaram do evento crianças e adolescentes usuárias do Centro, alunos das Escolas Municipais Frei Afonso e João Coutinho, Escola Piollin, Casa Pequeno Davi e do Projeto Beira da Linha.