PMJP celebra o Dia Nacional da Educação de Surdos com trabalho de inclusão social

Alexandre Quintans

Nesta quinta-feira (23) é comemorado o Dia Nacional da Educação de Surdos. Atualmente a Prefeitura Municipal de João Pessoa conta com 11 professores surdos e 30 interpretes de libras, que atendem 125 alunos surdos, distribuídos em 13 escolas. Um deles é Leonardo Martiniano.

Formado em Pedagogia e interprete de libras na Escola Municipal Padre Leonel da Franca, localizada no bairro do Geisel, Leonardo trabalha diretamente com sete alunos surdos e se dedica ao processo de educação. “Eu acho que quem escolhe trabalhar com essa língua escolhe porque ama. É gratificante você ver que tem alunos que não sabem a nossa língua falada, mas conseguem se comunicar”, disse o interprete.

Na sala regular de ensino onde Leonardo Martiniano trabalha tem um professor ouvinte que é o regente da sala e também um interprete de libras, que vai fazer a comunicação entre o aluno surdo e o professor ouvinte.

Para promover a inclusão e o aprendizado dos surdos, a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) vem investindo nesse tipo de profissional. Uma prova disso foi o último concurso público da Educação realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) que contratou 20 professores de libras aprovados. Além de profissionais qualificados, nas escolas também é possível encontrar materiais como dicionários e vídeos em libras. Com isso, o aluno surdo encontra um ambiente favorável, na língua dele, e não terá dificuldade em aprender as disciplinas curriculares.

Caso o aluno surdo ainda não tenha domínio na própria forma de se comunicar, ele passa a ter uma atenção especial na escola. “Alguns alunos surdos que não sabem a própria língua têm uma atenção especial na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), onde aprendem à língua de sinais e a Língua Portuguesa como uma segunda língua”, garante a professora de libras Patrícia Nascimento Clemente.

Dentro de um trabalho de inclusão realizado pela Sedec, uma vez por semana, o professor surdo dá aula ensinando o básico de libras como os dias da semana, cores, alfabeto e números. Nessa aula todos os alunos, seja surdo ou não, aprendem à língua de sinais. “Eu agora vou poder me comunicar mais com os alunos surdos. Já conseguimos conversar alguma coisa pelos sinais e é bastante interessante”, falou com alegria a estudante do 3º ano, Anny Gabrielly, de 8 anos.

Matrícula – Quem tem um filho surdo e precisa matricular em uma unidade de ensino da Rede Municipal de Ensino deve que procurar a escola mais próxima de sua casa que já tenha aluno surdo. Caso não encontre vaga na escola mais próxima, a pessoa deve se dirigir ao setor de Educação Especial da Sedec, localizado no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria. Lá, o interessado será informado qual a escola mais próxima com um perfil adequado para o filho.