Cras de Gramame acompanha 2,5 mil famílias em vulnerabilidade social

Por - em 1393

Fátima Sousa

sedes_assistentesocial_poliana_foto_gilbertofirmino 050A rotina diária de Poliana Dayse Melo de França é cheia de desafios e esperanças. Ela é assistente social, cujo dia é comemorado nesta sexta-feira (15), no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Gramame, unidade da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que acompanha 2.500 famílias em situação de extrema vulnerabilidade social.

O comprometimento com a defesa dos direitos da população, na concepção de Poliana, é a principal característica do assistente social. “Nosso trabalho exige muito compromisso na defesa da população em situação de vulnerabilidade social. O desafio do dia a dia é ficar atenta para que seus direitos não sejam violados”, acrescenta.

O Cras de Gramame está inserido num território de alto índice de vulnerabilidade, com um cotidiano permeado por droga, violência e muitos desalentos. “Nossa luta diária é buscar formas de afastar os jovens desta situação de risco. Para mim é muito enriquecedor quando conseguimos melhorar a vida dessas pessoas na garantia dos seus direitos”, ressalta.

Para promover a qualidade de vida do cidadão, o assistente social deve tratar o usuário em sua totalidade, desde a saúde, educação e moradia, buscando, inclusive, contemplar suas dificuldades financeiras, conseguindo formas de superá-las.

Quando se trata de um Cras, Poliana admite que é um cotidiano cheio de responsabilidades e emoções. O trabalho de equipe envolve outros órgãos do território, como escolas e o Programa de Saúde da Família (PSF). O Cras/Gramame trabalha em parceria com a Escola Olho Vivo do Tempo, no acompanhamento de crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (antigo Peti).

sedes_assistentesocial_poliana_foto_gilbertofirmino 088 assistente social junto com a psicóloga faz visitas domiciliares, estuda os casos com o acompanhamento psicossocial, verifica as necessidades básicas mais urgentes, conclui o diagnóstico e envia para os procedimentos legais por parte da gestão.

Ela cita um caso recente de uma família, de cinco filhos, o pai presidiário, a mãe desempregada. Foi feito o relatório e depois de muito esforço, a família foi contemplada com um apartamento no Colinas do Sul. “Para mim foi muito gratificante, mas a vitória é da equipe, que acompanhou a luta e o sofrimento deles”, comemora.

Poliana diz que ama o que faz. “Optei por essa profissão muito cedo, ainda criança quando acompanhava o trabalho de minha mãe, que é psicóloga e da assistente social na Aldeia SOS. Eu achava muito lindo a dedicação da assistente social e me espelhei nela para a escolha da minha profissão”, conta. Por mês são acompanhadas de 200 a 220 famílias.

Rotina dura – Com coragem e determinação, a assistente social Suzionara Soares Pacheco, carinhosamente chamada de Suzi pelos companheiros de trabalho, adentra a sala do Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS), diariamente, com a certeza de que irá cumprir uma jornada que envolve muito compromisso na defesa dos direitos da população que vive em situação de vulnerabilidade na cidade.

Junto com a equipe, ela trabalha na elaboração e execução de projetos sociais de acompanhamento a famílias carentes pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em parceria com o governo federal.

Atualmente acompanha 2.551 famílias em João Pessoa na área de moradia. “Nosso trabalho é garantir a habitação, que é um direito constitucional, com acompanhamento da situação antes e pós ocupação e na organização das relações de vizinhança”, relata.

sedes_assistentesocial_suzi_foto_gilbertofirmino 007Suzi diz que a maior satisfação da profissão é saber que o fruto do trabalho gera a garantia dos direitos do cidadão de baixa renda. “Apesar das dificuldades, me sinto realizada como assistente social, pois acredito que somos agentes de transformação. A cada dia renovo minhas esperanças numa sociedade mais justa, através do trabalho desenvolvido e dos frutos das relações que se estabelecem no nosso ambiente de trabalho. Sinto orgulho da minha profissão, onde milito há 13 anos”, acrescenta. O PTTS é vinculado à Diretoria de Organização Comunitária e Participação Popular (Dipop).

Serviço Social – De acordo com documentos, o Serviço Social é uma profissão interventiva, que busca diminuir as disparidades sociais. Um assistente social atua através de pesquisas e análises de realidade social, na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que buscam a preservação, defesa e ampliação dos direito humanos e a justiça social.

O trabalho do assistente social tem como objetivo visar e garantir direitos e assistência para a população desamparada, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas que podem afetar as pessoas em vulnerabilidade social.

Atualmente a Sedes conta com cerca de 400 profissionais da assistência social, executando um trabalho digno e responsável, na busca de melhores condições e garantias de direitos da população menos favorecida da cidade de João Pessoa.