SMS divulga boletim da dengue e orienta população sobre os cuidados para prevenir a doença

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Lilian Pedreira

As atividades preventivas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) têm sido cada vez mais intensificadas pelos profissionais da rede municipal, que auxiliam no controle da proliferação do mosquito e, consequentemente, na diminuição de casos de pessoas doentes. Os profissionais também têm orientado a população para comunicar a SMS possíveis focos e ser mais vigilante no combate do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

Nesta quinta-feira (23), a Diretoria de Vigilância em Saúde divulgou o boletim da Gerência de Vigilância Epidemiológica e o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que são realizados pela Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) e mostram, por bairro, os casos notificados da doença.

De acordo com os dados, entre o mês de janeiro ao dia 17 de julho deste ano, foram notificados 3.970 casos e confirmados 2.622 para dengue. “No que diz respeito ao cenário epidemiológico, podemos destacar a temporalidade na distribuição dos casos nesse período em residentes do município de João Pessoa, que se diferenciou do cenário no mesmo período em 2014”, destacou o gerente de Vigilância Epidemiológica, Daniel Batista.

Ainda, de acordo com o boletim, o período mais crítico de notificações foram os meses de maio e abril, que avaliou 2.430 usuários com algum tipo de sintoma característico a doença. Do total, 361 dos casos notificados foram descartados e neste espaço de tempo, nenhum óbito foi registrado em decorrência da doença. No ano passado, três pessoas morreram decorrente do vírus.

Os bairros que tiveram maior número de casos confirmados foram: Mangabeira (355), Valentina Figueiredo (241), Cristo Redentor (216), Bairro das Indústrias (182), Jaguaribe (136) e Torre (125).

“Estamos no momento de redução desses números de casos de dengue, influenciado também por fatores ambientais, já que, comumente, há mais casos no primeiro semestre do ano. Sobretudo, é importante que a população se una ao poder público para auxiliar nesse trabalho contínuo de prevenção e combate ao mosquito. As pessoas devem ter responsabilidade e, principalmente, compromisso, cuidando dos ambientes para manter limpo e livre dos focos de mosquito”, ressalta Daniel Batista.

LIRAa – O Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) é realizado a cada três meses e é apontado com um instrumento utilizado para nortear medidas de ações de controle, com base no levantamento de índices do vetor, por áreas dentro de João Pessoa.

O último levantamento realizado pela Cvaz, no período de 6 a 10 de julho, apontou um índice de 1,8% na Capital. O estudo identifica o risco da presença do vetor nos domicílios, ou seja, a cada 100 casas, apenas 1,8 apresentou risco de reprodução do mosquito.

Em continuidade aos trabalhos educativos e de conscientização, o Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses se coloca à disposição para realizar palestras em escolas, repartições públicas, instituições e empresas, por meio de agendamentos realizados através do Disque Dengue, pelo número 3214-5718. Este número também pode ser utilizado pela população para denunciar possíveis focos do mosquito.

Criadouros – Em relação aos criadouros encontrados pelo LIRAa, os mais frequentes são: os depósitos no nível do solo (latas, barris, cisternas, tanques, baldes etc.), lixos em geral (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros velhos, e entulhos de construção. Há também os depósitos móveis que apresentam riscos para acumulo de água como, bebedouro em geral, fontes ornamentais, vasos ou frascos com água, materiais em depósitos de construção, entre outros.

Ciclo de vida – Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias e durante esse período, o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.