Projeto “Escuta Móvel” atenderá pessoas em situação de vulnerabilidade social

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Eliabe Castor

A busca para dar suporte à reinserção social às pessoas em estado de vulnerabilidade ganha mais um aliado, nesta quarta-feira (21). Trata-se do projeto “Escuta Móvel”, implementado pela Coordenadoria de Proteção Especial de Média Complexidade, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) da Prefeitura. Segundo a coordenadora do mecanismo, a psicóloga Ingrid Bakke, os usuários do sistema oferecido pela gestão municipal terão mais uma ferramenta ao seu dispor, otimizando as chances de sucesso no tratamento que estão inseridos.

Ingrid Bakke explicou que, todas as quartas-feiras, quatro psicólogas estarão visitando instituições conveniadas com a Prefeitura que atendem pessoas vitimizadas ou em risco de violência, negligência, abandono, abuso e exploração sexual, bem como adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Além desses locais, os profissionais também irão atender os dispositivos da gestão municipal. “Vamos escutar essas pessoas e, dentro da nossa área de atuação, ajudá-los a retornar à sociedade. Ouvir esses usuários é fundamental para entendermos suas dores, seus anseios, frustrações e perspectivas para com a vida e, assim, oferecer apoio para que elas possam se reencontrar”, explicou.

A ação também contemplará os instrumentos oferecidos pela gestão municipal. São eles: Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e o Centro Dia de Referência da Pessoa com Deficiência. Indagada se as famílias dos que estão sendo acolhidos pelas ações da Coordenadoria serão também ouvidas, Ingrid Bakke disse que sim, conforme as necessidades do usuário. “Caso seja detectada essa necessidade, também ouviremos a família, a fim de obtermos mais sucesso no retorno dos usuários para a sociedade”, observou.

O “Escuta Móvel” está atrelado ao programa Ruartes, que atende crianças e adolescentes em situação de risco nas ruas da Capital. As ações acontecem diariamente, entre 8h às 22h, em toda a orla da Capital, além do Centro (Lagoa e Terminal Rodoviário). As visitas se estendem a vários bairros, especialmente em áreas de feiras livres, onde há maior incidência da exploração do trabalho infantil e de outros direitos violados previstos na Constituição.