Representantes da SMS apresentam plano de ação para combate ao Aedes e Microcefalia

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Rebeka Paiva e Lílian Pedreira

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentaram nesta sexta-feira (11), em uma audiência com o Ministério Público Estadual, o plano de ação de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Zika, Dengue e Chikungunya e o fluxograma de diagnóstico e assistência para casos da microcefalia. Participaram da audiência o diretor de Vigilância em Saúde, Silvio Ribeiro, o gerente de Vigilância Epidemiológica, Daniel Batista e o gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Nilton Guedes.

Durante a audiência os representantes da SMS expuseram o plano de ação para combate ao mosquito e o fluxo adotado pelo município em casos de microcefalia.

“A Secretaria de Saúde de João Pessoa está intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. O monitoramento e controle do vetor já são realizados diariamente pelos Agentes de Saúde Ambiental nos diversos bairros da Capital. Essas ações já são realizadas diuturnamente, só estamos intensificando e intensificado o fator educativo”, destacou Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

A participação da população no combate ao mosquito é fundamental. “Mostramos nossa situação atual e a forma como temos agido, mas sempre destacando a importância do apoio da população”, comenta o gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses. O gerente pede ainda que as pessoas sejam mais vigilantes os ambientes, sejam públicos ou privados. Para denúncias de possíveis focos, os usuários podem ligar para 3218-9357, 3218-7780 e 3214-5718.

Fluxo Microcefalia – O gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Daniel de Araújo Batista, explica o boletim epidemiológico e o fluxo da microcefalia, divulgado em 4 de dezembro. “Um caso é considerado suspeito de microcefalia, quando atende aos critérios determinados pelo Ministério da Saúde. Por parte da Vigilância Epidemiológica, todos os casos de crianças que nasceram com 32 centímetros de perímetro encefálico ou menos serão investigados, através de entrevista com a mãe, informações do cartão de nascido e prontuário das maternidades e mediante a investigação esses casos serão confirmados ou descartados”, explica Daniel de Araújo Batista.

Durante reunião com o Conselho Municipal de Saúde, realizada na última quinta-feira, a coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher, Tânea Lucena, explicou como está funcionando a rede assistencial no município, para os casos de microcefalia.

“O fluxo de atenção à mulher gestante já existe no município. Frente a esse problema da microcefalia, criamos um fluxo paralelo, mas tudo começa no pré-natal normal, na Unidade de Saúde da Família. Se for identificado que a mulher teve zika, manchas na pele, coceira, febre ou algo que leve a crer que ela teve dengue, zika, chikungunya, sarampo ou rubéola, a equipe imediatamente encaminhará essa mulher para a realização de exames. Caso seja confirmado qualquer uma dessas doenças, a mulher também será acompanhada pelo pré-natal de alto risco da Rede Cegonha, até o final da gestação”, destaca a coordenadora.

Investigação dos casos – A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratoriais, bem como no acompanhamento dos casos.

Rede Cegonha – É uma estratégia do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.