Rede municipal de saúde disponibiliza vacina contra coqueluche para gestantes

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Rebeka Paiva

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

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Ofertando mais uma forma de prevenção e cuidado às gestantes e aos recém-nascidos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibiliza a vacina dTpa, que protege contra coqueluche, difteria, tétano. A vacina pode ser encontrada em todas as salas de vacina do município e no Centro Municipal de Imunização (CMI), que está localizado no bairro da Torre.

Disponível na Rede Municipal de Saúde desde agosto de 2014, a dTpa deve ser ministrada em gestantes de 27 a 36 semanas, em uma dose. Além das mulheres grávidas, os profissionais de maternidades que lidam direto com crianças recém-nascidas também devem ser imunizados.

“Coqueluche é uma doença perigosa que pode ocasionar várias complicações. Ao ser vacinada a mãe se protege e está protegendo seu bebê também já que ela vai passar a proteção através da placenta e assim evitar adoecimento do seu bebê nos primeiros meses do nascimento”, explica Chiara Dantas, coordenadora da seção de imunização.

Ingrid Delgado está na 27ª semana de gravidez e não descuida da saúde em nenhum minuto. “Quando eu tomo as vacinas necessárias, mantenho uma alimentação equilibrada, faço todos os meus exames e sigo as recomendações médicas estou protegendo não só a mim, mas a minha filha também e isso é fundamental para que ela chegue cheia de saúde e se mantenha saudável mesmo depois do nascimento”, comenta a Design.

Os efeitos adversos da vacina são raros e podem incluir reações locais como dor, febre, enrijecimento e vermelhidão no local da administração da vacina. Qualquer evento adverso deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde.

Outras vacinas – Além da vacina de dTpa, que protege contra difteria e tétano, é orientado que as gestantes sejam imunizadas também contra Hepatite B e Influenza. Assim como a dTpa, essas vacinas também estão disponíveis na rede municipal. Para ser vacinada a gestante precisa apresentar o cartão de vacinação e o cartão SUS.
Confira o Calendário Nacional de Vacinação: http://goo.gl/wyYN8Y

Vacina não é causa de surto de microcefalia – De acordo com o Ministério da Saúde as vacinas ofertadas no Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e não há evidencias de que possam causar a microcefalia. Nenhuma das vacinas ministradas durante a gestação contém vírus ou agentes vivos.

As vacinas tem como objetivo reduzir muitos problemas de saúde que podem acometer a saúde A imunização durante a gestação protege não apenas a mãe, mas também o bebê.

Coqueluche – A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Suas principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras. De acordo com o Ministério da Saúde o número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de seis meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.

A proteção das crianças para coqueluche é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos a criança recebe o reforço com a vacina DTP. Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em menores de três meses, 35% de todos os casos do país neste período, que foram 14.128. Essa faixa-etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes.

A vacinação de gestantes é aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), recomendada pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e já está sendo adotada como uma das estratégias para o controle da coqueluche em vários países, como Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda, Reino Unido, Austrália, entre outros.

A vacinação com a dTpa soma-se a outras medidas já adotadas pelo Ministério da Saúde para reduzir a incidência e mortalidade por coqueluche, entre elas, a revisão do protocolo de tratamento e quimioprofilaxia, com recomendação de uso de antibióticos com mais eficácia, a adoção do tratamento com antibióticos para todas as gestantes no último mês de gestação ou puérperas, que tiveram contato com caso suspeito ou confirmado e apresentarem tosse por cinco dias ou mais, e dos recém-nascidos.