SMS orienta profissionais da Educação sobre microcefalia e combate ao Aedes aegypti

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Thibério Rodrigues

 

foto.Ivomar Gomes Pereira (28)A Secretaria de Saúde de João Pessoa (SMS) reuniu aproximadamente 200 profissionais da Rede Municipal de Educação para orientar sobre a microcefalia e as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, relacionado aos casos de microcefalia no país. O evento intersetorial aconteceu na manhã desta segunda-feira (21) no auditório do Centro Administrativo Municipal, em Água Fria.

O objetivo da atividade é preparar os profissionais das escolas e dos Centros de Referência em Educação Infantil (Creis) para acolher as crianças com microcefalia, como também capacitá-los para orientar pais e alunos no combate ao mosquito nas comunidades. As palestras foram conduzidas pela médica Maria Celeste Dantas, neuropediatra da rede municipal, e Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental da SMS.

Para a secretária municipal de Saúde, Aleuda Cardoso, a parceria entra as duas pastas é fundamental para desenvolver um trabalho de educação e esclarecimentos sobre o zika vírus e a microcefalia junto à população. “Para trabalhar saúde é necessário educação e, para isso, precisamos de pessoas fortalecidas e preparadas para enfrentar esse novo desafio para nossa sociedade”, afirmou.

“Entre os alunos de nossa rede, tínhamos três casos. Agora, outros casos virão e o nosso primeiro contato é nos berçários. Precisamos estar preparados para acolher nossas crianças e a dar a elas as condições de direito”, afirmou a secretária municipal de Educação, Edilma Ferreira.foto.Ivomar Gomes Pereira (33)

Microcefalia – A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de Saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

Combate ao Aedes  Diante do crescimento do número de casos da doença no país e da confirmação, pelo Ministério da Saúde, de que o zika vírus está diretamente ligado aos casos de bebês com microcefalia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estabeleceu um Plano de Combate ao mosquito, realizado em parceria com a Emlur e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano.

O monitoramento e o controle do Aedes aegypti estão sendo realizados diariamente e de forma intensificada pelos agentes de saúde ambiental nos diversos bairros da Capital. Durante as visitas, além da aplicação de larvicida nos criadouros do mosquito, os agentes realizam também um trabalho educativo com os moradores das residências e proprietários de estabelecimentos. As ações foram definidas por bairro.

Estado de emergência – O prefeito Luciano Cartaxo decretou, sexta-feira (18) passada, situação de excepcional emergência na saúde pública da Capital. O ato tem como objetivo ampliar as ações do município na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.