Centro oferta ações para o cuidado com a saúde do homem e do animal

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Rebeka Paiva

D R T .  R J . 15855.

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Monitorar e reduzir riscos à saúde da população é uma das principais atribuições do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) da Secretária Municipal de Saúde, que também é responsável pelo planejamento, coordenação, execução e avaliação das políticas de controle de riscos biológicos e não biológicos que interferem na saúde humana.

O órgão atua por meio de programas que buscam o Controle de roedores (leptospirose); Controle da raiva/ Prevenção de acidentes; Esterilização canina e felina; Controle da esquistossomose mansônica; Controle da dengue; Controle da leishmaniose visceral; Controle de criatórios urbanos; Controle de animais sinantrópicos e peçonhentos; Controle da qualidade da água para consumo humano e pelo Programa de Informação, Educação e Comunicação em Saúde.

“Nossas ações são direcionadas ao bem estar da população, visando sempre a diminuição do risco de transmissão de zoonose, acidentes com animais, ou seja, desenvolvemos ações voltadas tanto a promoção da saúde do animal quanto à saúde do ser humano”, comenta Nilton Guedes.

Os serviços prestados pela Cvaz são direcionados aos moradores do município de João Pessoa, ainda assim, o centro recebe demanda de outros municípios através da pactuação. Para ter acesso aos serviços do centro é necessário ser maior de idade e/ou estar acompanhado portando sempre o Cartão SUS, documento de identidade com foto e comprovante de residência.

Além do atendimento frequente na sede do Centro, ao longo do ano são realizadas diversas campanhas e ações preventivas e de vacinação e visitas domiciliares através dos Agentes Ambientais de Saúde.

Leishmaniose canina – É uma doença mortal e de fácil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar nenhum sintoma exterior. Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continuam a se expandir pelo mundo.

No homem, a doença tem sua evolução longa, que pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Provoca febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen, devido ao aumento do fígado e do baço.

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A transmissão da leishmaniose visceral acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados (conhecidos como mosquito palha ou asa-dura) picam cães ou outros animais contaminados e depois picam o homem, levando  o protozoário para a corrente sanguínea humana. No homem, a doença ataca vários órgãos internos, principalmente o fígado e o baço.

A rede municipal fornece exame gratuito à população através do Cvaz. Como se trata de uma doença de risco à saúde pública, além da demanda passiva (o usuário leva o animal na unidade para fazer o exame), é feito o controle por meio de demanda ativa nas áreas que tenham a presença flebótomo, inseto transmissor da doença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico.

Antirrábica – A vacinação é a única forma de prevenir que o animal venha desenvolver a raiva e transmiti-la ao homem. A raiva animal é causada por um vírus que ataca diversos animais, inclusive o homem. Quase 100% das pessoas que adquirem a doença chegam a óbito. O cão, o gato e o morcego são os principais transmissores da raiva em áreas urbanas.

Quando uma pessoa é agredida por um animal, é importante lavar bem a ferida com bastante água e sabão (amarelo) e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde. A recomendação é não matar o animal e pedir orientação à Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, através dos telefones 3218-9357 ou 3214-3459.

Adoção de animais – O Cvaz dispõe permanentemente de animais (cães e gatos) para adoção.

Para adotar um animal, o interessado deve ter 18 anos, apresentar um documento de identificação com foto e comprovante de residência. Ele também deve participar de uma orientação sobre a posse responsável do animal com a equipe da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Leptospirose – É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a doença para o homem.

Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.

Mazinho Gomes Fotografo DRT/RJ 15855

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Nilton Guedes explica que vários fatores interagem na ocorrência de um caso de leptospirose, portanto, as medidas de controle devem ser direcionadas não só ao controle de roedores (medidas de anti-ratização e desratização), mas também à melhoria das condições higiênico dos ambientes, o que depende da contribuição da população.

“Os roedores só aparecem se tiverem condições favoráveis para isso, como alimentos e abrigos, muitas vezes não é necessário o uso de raticidas basta apenas a higienização correta dos lugares, como a retirada de lixos das residências” explica o gerente da Cvaz.

Os sintomas mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais.

Dengue – O Aedes aegypti prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos, eliminando o acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras.

Serviço – Para denúncias, reclamações, sugestões e elogios relacionados aos serviços da Rede Municipal da Saúde, os usuários podem entrar em contato com a Ouvidoria Setorial pelo número 160. A população também pode ligar diretamente para o Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), no telefone 3214-5718.