Mostra terapêutica destaca poder da dança na recuperação da autoestima das mulheres

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Luís Sousa

foto.Ivomar Gomes Pereira (87)-001“Depois que eu comecei a fazer a dança eu me acho mais bonita, voltei a estudar depois de 20 anos de ter deixado tudo para cuidar de marido e filho, percebi que eu não estava feia, não estava velha e que eu tinha que voltar a viver. Já estou concluindo o ensino fundamental, vou para o ensino médio e ainda vou ser uma boa terapeuta de um Centro de Práticas Integrativas e Complementares (Cpics)”, relata Adriana Evangelista dos Santos, de 40 anos, que há um ano participa da dança do ventre, no Cpics Canto da Harmonia, no Valentina Figueiredo. Adriana, a filha Yvina e mais de 20 mulheres se apresentaram, na noite desta sexta-feira (4), durante a mostra terapêutica ‘O Sagrado Feminino e as fases lunares’, no Teatro Lima Penante.

O sagrado feminino trabalha ensinamentos sobre o corpo, emoções e ciclos femininos harmonizados com a  natureza. “Elas trouxeram o ‘Sagrado Feminino’ através da dança do ventre. O Sagrado feminino vem através de uma terapia que trabalha as mulheres em termos de depressão, ansiedade, trabalha o sagrado nas mulheres e a recuperação da autoestima” enfatiza Hélida Guedes, do Cpics Canto da Harmonia.

A apresentação contou com mulheres do Cpics Cinco Elementos, que funciona no Parque Arruda Câmara, a Bica, e também com participantes do Cpics Canto da Harmonia, no Valentina, além de integrantes da Escola Viva Olho do Tempo.

“Achei tudo muito bom. Nunca tinha experimentado um palco antes, ensaiei bastante e deu certo. Agora estou mais apaixonada pela dança do ventre”, conta entusiasmada Yvina Silva, de 9 anos. No Cpics Canto da Harmonia, no Valentina, a dança do ventre acontece às terças-feiras e sábados, e no Cpics Cinco Elementos, na Bica, sempre às quintas-feiras e está aberta para mulheres de todas as idades.

“Eu sempre tive o sonho dançar, desde criança, e como terapia está sendo melhor ainda. Eu conheci o Cpics como pesquisadora, quando fui concluir meu curso de Ciência das Religiões. Meu trabalho de conclusão de curso foi sobre feminismo, sexualidade e cristianismo. Entrei como pesquisadora, para conhecer a história dessas mulheres, fui me entrosando com o pessoal, me identifiquei e estou gostando muito de fazer parte do grupo”, explica Jocélia Fernandes Lima, de 34 anos.

O público presente aprovou a apresentação. “Fui convidada por uma amiga e decidi vir de última hora e não me arrependi. Foram danças lindas, meninas e mulheres de todas as idades, que indiretamente me deram um ‘puxão de orelha’. Eu também poderia estar ali. Precisamos ter tempo pra cuidar da gente. Saio muito feliz com o que vi e com a certeza que todas nós precisamos nos amar mais”, disse a secretária Maria José Medeiros, após assistir todas as danças.

Cpics – Três Centros de Práticas Integrativas e Complementares (Cpics) estão disponíveis para a população pessoense, o ‘Cinco Elementos’, no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica); o ‘Canto da Harmonia’, localizado na Rua Ulisses Alves Pequeno, s/n, Valentina Figueiredo, e o ‘Equilíbrio do Ser’, na Avenida Sérgio Guerra, nos Bancários.

É muito bom. Eles são excelentes. Eu digo para as pessoas que elas não sabem o que estão perdendo. É um paraíso. Basta chegar lá, com o cartão do SUS e falar, que vai sempre ter alguém pra te ouvir, pra te encaminhar naquilo que você precisando”, complementou Adriana Evangelista do Santos.

O serviço oferece aos usuários atendimentos individuais e práticas coletivas em medicina tradicional chinesa, acupuntura, craniopuntura, aurículoterapia, ventosa, moxabustão, Tai Chi Chuan, homeopatia, fitoterapia, terapia floral, reiki, danças, entre outras terapias.