‘Falta de Central de Regulação Estadual sobrecarrega o Ortotrauma’, cobra Adalberto
O Complexo Hospitalar Governador Tarcísio de Miranda Burity, no bairro de Mangabeira, realizou de janeiro a março deste ano 1.168 cirurgias. Só nos últimos dias (entre 25 de março e 8 de abril) foram 101 cirurgias ortopédicas e 39 clínicas (gerais). Em 2015, foram 5.251 cirurgias e 623,5 mil procedimentos.
Os dados foram citados pelo secretário municipal de saúde, Adalberto Fulgêncio, para ilustrar o ritmo de trabalho e a capacidade de atendimento da unidade hospitalar que, além da população de João Pessoa, recebe hoje pacientes de outros 186 municípios do Estado.
“Entre casos de urgência e emergência, realizamos mais de 10 mil consultas e cerca de dezoito mil exames laboratoriais todos os meses, em pacientes da capital, região metropolitana e demais cidades do interior”, informa Adalberto.
O secretário de Saúde diz que a apresentação destas informações é fundamental para que se entenda o papel que hoje o Ortotrauma exerce na Paraíba, absorvendo inclusive os pacientes que deveriam ser atendidos pela rede estadual de saúde.
“A inexistência de uma Central de Regulação Estadual dificulta os atendimentos nas portas de urgência e emergência do município, acarretando dificuldades na classificação dos encaminhamentos para os hospitais, e na avaliação sobre as disponibilidades de leitos, o que sobrecarrega o fluxo de atendimento na rede hospitalar da Capital”, observa.
Diante desta realidade, o secretário diz que está avaliando detalhadamente um relatório realizado recentemente pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), para tomar as iniciativas que se fizerem necessárias. “O relatório é bem-vindo, e vamos avaliar as informações que procedem para atender ao nosso público que, repito, tem perfil estadual, o que inevitavelmente sobrecarrega nosso funcionamento”.
Cendor e Pasm – O Complexo Hospitalar de Mangabeira possui um total de 155 leitos cadastrados, sendo 21 de cirurgia geral, 77 de ortopedia e traumatologia, quatro de isolamento, 38 de clínica geral, oito de UTI, três de psiquiatria e quatro para as áreas cirúrgicas, diagnose e terapêutica. Atende a urgências e emergências em clínica médica, traumatologia, cirurgia geral, realiza cirurgias eletivas em traumatologia e ortopedia, urgências pediátricas em clínica médica e em traumatologia.
O Complexo é formado ainda pelo Centro de Tratamento da Dor (Cendor) – que oferece atendimentos nas áreas de acupuntura, quiropraxia, pilates, RPG, osteopatia e fisioterapia, entre outras -, e pelo Pronto Atendimento de Saúde Mental (Pasm), que trabalha com uma equipe multiprofissional no atendimento a pacientes com transtornos mentais.