SMS orienta sobre cuidados a serem tomados com a saúde na transição do outono para o inverno
Ascom/Saúde
Nessa época do ano são comuns as variações bruscas de temperatura e o aumento da umidade do ar o que contribui para o aumento de doenças respiratórias, principalmente em crianças e pessoas alérgicas que são alvos fáceis para problemas no sistema respiratório. Pensando no bem estar da população, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) orienta sobre os cuidados a serem tomados nesse período de transição do outono para o inverno.
As doenças respiratórias variam de leves como gripe e resfriado comum até as mais graves como pneumonia bacteriana e embolia pulmonar, sendo mais comuns quadros infecciosos e alérgicos.
“A umidade que aumenta nessa época do ano gera a formação de mofo, principalmente em ambientes domiciliares e esse mofo ocasiona quadros alérgicos e infecciosos, principalmente em crianças e pessoas alérgicas, que devem redobrar os cuidados, pois ficam propicias a desenvolver outras doenças”, orienta a médica pediatra e diretora do Hospital Municipal do Valentina, Carmem Gadelha.
Ainda de acordo com a médica, as crianças com menos de 2 anos são mais propicias a desenvolver quadros virais, já as maiores de 2 anos desenvolvem quadros asmáticos. Além dos quadros virais e asmáticos é possível também desenvolver quadros respiratórios crônicos que podem refletir em uma pansinusite, uma inflamação nos seios da face.
Para adultos e crianças, alérgicos ou não, os cuidados são basicamente os mesmo. A ocupação de espaços mais compactos facilita as doenças respiratórias, que de acordo com Carmem Gadelha, em 90% dos casos são causados por vírus transmitidos pelo ar.
A médica alerta também para a possibilidade de infecções pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que costuma causar epidemias no outono e no inverno. Nos adultos, o microorganismo normalmente desenvolve um quadro de resfriado comum. “A bronquiolite (inflamação nos bronquíolos) pode causar problemas graves em menores de seis meses podendo tornar um quadro intenso e levar até a UTI”, alerta a médica.
Uma das formas de prevenção das doenças respiratórias é evitar aglomerações e lugares pouco arejados. Também é importante deixar as janelas abertas para que a casa seja ventilada, principalmente quando há alguém doente no local já que o ambiente arejado e a troca de ar ajudam diminuir a quantidade de vírus e bactérias circulando.
Para quem tem criança menor de 2 anos os cuidados consistem em observar sempre as variações climáticas, evitar lugares fechados e com muita gente e manter as vacinas em dia. Quem tem alergia deve procurar um médico para manter um tratamento preventivo, além de evitar o contato direto com carpetes, cortinas e pelúcia.
Serviço – Na rede municipal de saúde, as crianças alérgicas e com problemas respiratórios são atendidas no Hospital do Valentina, com atendimento 24 horas por dia em casos de urgência e emergência. Para o acompanhamento, as consultas devem ser marcadas na Unidade de Saúde da Família (USF) onde a criança é cadastrada.
Já os adultos, em caso de urgência e emergência, devem seguir para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Oceania, em Manaíra, ou Célio Pires de Sá, no Valentina. Para o acompanhamento, assim como as crianças, devem procurar uma USF, podendo ser atendidos na unidade ou encaminhados pelo clinico geral para atendimento de alergologista ou pneumologista no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) de Jaguaribe.
Quando procurar uma USF – As Unidades de Saúde da Família (USFs) trabalham para atender às necessidades básicas de prevenção e promoção à saúde da população. A função da USF é prestar assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente a saúde da criança, do adulto, da mulher, dos idosos, enfim, de todas as pessoas que vivem no território sob sua responsabilidade.
Devem procurar as Unidades de Saúde casos que requer assistência básica com consultas clínicas e que não requer assistência de média ou alta complexidade, como tosse, resfriado, febre, diarréias e vômitos (que não ocasionou desidratação), coceira no corpo, dores nas articulações, dores na garganta sem febre, verificação de pressão e verificação de taxas de glicemia. Os casos de suspeita de dengue também são atendidos nas USFs.
Quando procurar uma UPA – As Unidades de Pronto Atendimento são referências para atendimentos de ocorrências de média complexidade, e podem evitar que pacientes sejam encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais. As UPAs são equipadas para socorrer pessoas com problemas de pico hipertensivo, vômito e diarréia intensa (com quadros de desidratação), febre alta, fraturas, cortes, infartos e outras ocorrências de média complexidade.