Complexo Hospitalar de Mangabeira usa serviço de teleconferência na UTI

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Thadeu Rodrigues

foto Ivomar Gomes Pereira.  (13)Uma parceria entre o Complexo Hospitalar Governador Tarcísio de Miranda Burity e o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, garante mais segurança na definição de diagnósticos e tratamentos. Por meio de três equipamentos de telemedicina, médicos do Complexo Hospitalar de Mangabeira podem fazer conferências em tempo real com uma equipe multidisciplinar do Albert Einstein, que inclui médicos intensivistas, cardiologistas, neurologistas e clínicos gerais.

O Complexo Hospitalar de Mangabeira recebeu do Albert Einstein o terceiro equipamento de telemedicina na semana passada. O aparelho mais moderno permite que o médico do Einstein tenha acesso à sala de unidade de terapia intensiva (UTI), com foco em cada paciente e em alta resolução. É possível anexar fotos do paciente e arquivos de dados, como os de formato Word, MP3 ou MP4. O novo equipamento também permite a visualização de exames como tomografia.

O coordenador de Telemedicina do Complexo Hospitalar de Mangabeira, André Macedo, afirma que o serviço já existe há três anos. O Complexo Hospitalar de Mangabeira foi o primeiro das regiões Norte e Nordeste a firmar esta parceria com o Hospital Albert Einstein.

“Este serviço é muito útil, principalmente, quando não dispomos de um especialista no momento. Com a telemedicina, podemos fazer uma consulta e obter uma segunda opinião sobre o diagnóstico do paciente, sobretudo em casos complexos”, afirmou o doutor André Macedo.

Ele destaca que o serviço tem a conveniência de evitar o deslocamento dos profissionais e não acarreta custos. Os equipamentos são utilizados na UTI e na sala vermelha, que é onde são feitos os primeiros atendimentos aos pacientes.

Pedagógico – De acordo com a coordenadora de suporte de Telemedicina do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Suelen Souza, o sistema de Telemedicina Einstein também tem o fator pedagógico, já que o equipamento é utilizado pelos estudantes e residentes que atuam no hospital, sob a coordenação de um médico da equipe.

Para a estudante de Medicina, Iane Alves, o principal benefício é o aprendizado com outros profissionais. “Temos acesso a outros médicos, que podem sugerir outros procedimentos a serem adotados. Além disso, há a questão dos contatos profissionais. Temos muito o que aprender aqui”. A parceria com o Hospital Albert Einstein foi firmada a partir do Núcleo de Ensino e Pesquisa (Nurepe) do Complexo Hospitalar de Mangabeira.

A especialista de produtos do Hospital Albert Einstein, Paula Vieira, realizou um treinamento com a equipe multidisciplinar do Complexo Hospitalar de Mangabeira sobre o uso do serviço. “A consultoria é feita com médicos intensivistas, cardiologistas, neurologistas e clínicos gerais, que são os que recebem mais demanda nos hospitais de urgência e emergência. Todas as consultas ficam registradas e podem ser pesquisadas posteriormente”, contou ela.

Como funciona – Ao utilizar a máquina de telemedicina, o profissional deve abrir um cadastro, preenchendo suas informações e as do paciente. O equipamento tem duas câmeras, uma no computador e uma acima do monitor, que permite a visualização de toda a sala, possibilitando o acesso ao paciente em questão, caso seja necessário. Para enviar exames como tomografia, é preciso compartilhar uma das janelas do computador. É possível fazer uso de até quatro telas ao mesmo tempo.

Quando o profissional solicita o serviço, é feita uma triagem na Central de Telemedicina Einstein, que vai encaminhar o pedido para o médico de plantão. O serviço funciona 24 horas por dia e sete dias na semana.