Cendor atende 4.500 pacientes ao mês e melhora a vida de pacientes com dor crônica

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Hellen Nascimento

Imagine você sentir uma forte dor crônica que não cessa de jeito nenhum. Agora imagine que essa mesma dor pode ter solução e ainda melhor, o tratamento ser completamente gratuito. É o que acontece no Centro Municipal Integrado para o Tratamento da Dor e Reabilitação (Cendor), que funciona no Complexo Hospitalar Tarcísio Burity, o Trauminha de Mangabeira. Mantido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, o local realiza diariamente cerca de 150 atendimentos totalizando 4.500 ao mês.

Criado em 2012 para atender pacientes adultos e crianças que tenham dor crônica, ou seja, aquela que persiste por mais de três meses e que também precisem de acompanhamento pós-cirúrgico, o Cendor conta com uma equipe multidiciplinar de 20 profissionais médicos, reumatologistas, neurologistas, acupunturistas, fisioterapeutas, psicólogos, técnicos de enfermagem e enfermeiros.

O local disponibiliza atendimentos de acupuntura, fisioterapia analgésica, hidroterapia, osteopatia, pilates, psicoterapia e Reeducação Postural Global (RPG), além de ter uma piscina aquecida através de energia solar.

De acordo com a coordenadora do Cendor, a fisioterapeuta Mônica Cordeiro, o atendimento multidiciplinar  é importante por cuidar do paciente como um todo, não apenas sua patologia. “Os profissionais trabalham juntos, isto favorece uma maior rapidez no estudo clínico de cada paciente, buscando sempre um recurso específico que lhe ofereça diminuição do quadro álgico. Também procuramos fazer com que o paciente entenda que apesar das limitações que suas dores causam, eles podem levar uma vida normal”, explicou.

Para a dona de casa Maria da Silva Paulino, 54 anos, o Cendor foi fundamental em sua recuperação. Depois de sofrer uma fratura no pé direito, o local apresentou grande inchaço que não cessava. “Sentia muitas dores, nada passava. Uns médicos diziam que era o meu peso, outros, a idade, mas só depois de muito sofrer sem diagnóstico certo, fiquei sabendo desse atendimento. Estou sendo acompanhada há 6 meses e já nas primeiras sessões as dores acabaram. Além disso, eu era bem gordinha e por causa do tratamento, emagreci. Estou perto de ter alta, mas já sinto pena, não queria que essa hora chegasse. Adoro vir para cá onde todos me tratam muito bem”, revelou.

Já a dona de casa Maria de Fátima Alves de Assis, 62 anos, afirma que logo nas primeiras semanas de tratamento através da acupuntura, está se sentindo bem melhor. Ela procurou o Cendor após uma ruptura nos ombros direito e esquerdo, além de dores no corpo e uma hérnia de disco. “Eu sentia muitas dores no corpo todo. Ainda estou na minha quinta semana, mas já sinto uma grande melhora. Os médicos daqui são muito cuidadosos e atenciosos. Foi um alívio na minha vida”, comemora.