No Dia Nacional dos Surdos, PMJP ressalta a importância dos intérpretes de libras em sala de aula

Por - em 1310

Nayanne Nóbrega

educacaoinclusiva_elaine_foto_dayseeuzebio-2 Paraíba possui uma população de 6.470 pessoas com deficiência auditiva, sendo 1.226 morando apenas na Capital, de acordo com os dados da última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o IBGE, esses dados são ainda maiores se observarmos a população que possui algum tipo de dificuldade auditiva. A quantidade é elevada para 181.762 pessoas na Paraíba e 30.011 na Capital.

O Dia Nacional dos Surdos, 26 de setembro, é uma importante data para refletir sobre a inclusão das pessoas com deficiência auditiva na sociedade brasileira. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por exemplo, possui 42 intérpretes e instrutores da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que atuam nas escolas através do programa bilíngue ‘Fazendo a Diferença pelo Diferente’.

Erolnildes de Oliveira, um dos intérpretes da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), ressaltou que uma das melhores formas de incluir os surdos na sociedade é tornando possível a comunicação deles com as demais pessoas. Para isso, existe a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

educacaoinclusiva_elaine_foto_dayseeuzebio-4“Essa inclusão é muito importante. Muitas vezes, os alunos com deficiência auditiva chegam à escola sem saber nada da linguagem de sinais e nem entendem o porquê de estarmos ali. Com o tempo, esse aluno vai aprendendo e desenvolvendo a interação com os demais. O surdo precisa ficar independente, pois assim ele vai conquistar seu espaço num mercado de trabalho futuro. Estamos aqui para ajudá-los e ensiná-los, e assim vamos acompanhando o seu desenvolvimento”, explicou Oliveira.

A dona de casa Josivânia da Silva Pereira tem duas filhas com deficiência auditiva. Uma delas é a estudante Elaine Pereira, do 5º ano da Escola Municipal Padre Leonel da Franca, no bairro do Geisel.  Ela revelou que a filha chegou à escola muito pequena e não sabia quase nada de libras.

“Graças ao intérprete dela, que é uma excelente pessoa, ela desenvolveu muito. Hoje, após quatro anos, ela consegue dialogar com as pessoas através da linguagem de sinais. Em sala de aula, ela até tira dúvida de matemática das colegas, e isso faz com que minha filha não se sinta diferente, mas igual aos demais. Com esse apoio vindo da escola, ela convive com todo mundo e se sente capaz”, comemora a mãe.