PMJP disponibiliza serviços especializados para atender pessoas com deficiência

Por - em 914

Katiana Ramos

hab-casas_adaptadas_foto_julianasantos-83Há um ano e meio a vida da dona de casa Nísia Maria dos Santos ganhou mais independência. Cadeirante há sete anos devido a um acidente de motocicleta, ela conquistou a casa própria com todas as adequações necessárias a sua condição e foi uma das 512 famílias beneficiadas com a entrega da primeira etapa do condomínio Vieira Diniz, no bairro de mesmo nome, em João Pessoa. Nesta terça-feira (11), data em que é lembrado o Dia Nacional do Deficiente Físico, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) disponibiliza diversos serviços para esta parcela da população.

Na Capital, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem pelo menos 54.076 pessoas com deficiência física. Deste total, 36.221 possuem alguma dificuldade motora. Para Nísia dos Santos, morar em uma casa adaptada é viver com mais conforto e segurança ao executar as tarefas do dia a dia. “Antes de conseguir essa casa, eu morava em um quartinho cedido pela minha mãe. O banheiro era pequeno e era tudo improvisado. Agora, eu consigo fazer minhas atividades domésticas sem problemas”, disse a aposentada.

hab-casas_adaptadas_foto_julianasantos-65No mesmo condomínio onde Nísia dos Santos vive, são 922 unidades habitacionais, sendo 24 apartamentos adaptados e próprios para receber pessoas com deficiência física ou idosos. “Por lei, todos os conjuntos habitacionais têm por obrigação atender a acessibilidade. Ao todo, temos mais de 400 unidades habitacionais acessíveis ao público com deficiência. Todas essas residências têm as portas mais largas, barras de segurança nos corredores e no banheiro. Além disso, quando fazemos o cadastro para as moradias, as pessoas com deficiência têm prioridade na escolha”, explicou a secretária de Habitação do Município, Socorro Gadelha.

Rede de ensino têm 316 cuidadores – A pequena Heloíse Bezerra, de 6 anos, é cadeirante e também moradora do condomínio Vieira Diniz, na Capital. Para ir à escola, ela é atendida pelo transporte escolar do município e durante todo o trajeto é acompanhada por uma cuidadora. Ao todo, são 316 profissionais deste tipo auxiliando cerca de 350 crianças que têm algum tipo de deficiência e estudam na Rede Municipal. Em 2012, eram apenas 73 cuidadores para atender aos alunos.

Esses profissionais trabalham com alunos especiais nas suas atividades diárias de locomoção, alimentação e higiene dentro do ambiente escolar para minimizar as dificuldades encontradas. “A gente fica mais tranquila sabendo que ela tem esse acompanhamento no caminho e na escola, principalmente porque é criança e precisa de mais atenção”, disse a mãe de Heloísa, Marleide Bezerra.hab-casas_adaptadas_foto_julianasantos-44

De acordo com informações da Coordenação de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, as ações do município para atender os estudantes da rede que possuem deficiência disponibilizam ainda salas de recurso multifuncionais, que este ano somam 75 ambientes voltados para este tipo de atendimento. Em 2012, a Rede Municipal contava com um quadro de 30 professores especializados nesse tipo de serviço. Este ano, são 40 educadores a mais.

Saúde – As mulheres cadeirantes residentes no município têm acesso a um serviço de atendimento especial para a prevenção e cuidado de doenças ginecológicas. O serviço funciona no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais), no bairro de Jaguaribe, na Capital.

De acordo com a coordenadora da Saúde da Mulher do Município, Tânia Lucena, para ter acesso ao serviço as pacientes precisam agendar, nas Unidades Básicas de Saúde, as consultas no Cais. Os atendimentos com enfermeiras, técnicas e ginecologistas são realizados todas as quintas-feiras, nos períodos da manhã e à tarde.

“Nós atendemos quatro pacientes em cada turno e não há demora para a marcação das consultas. As mulheres são examinadas e atendidas por uma equipe multiprofissional em uma sala adaptada. Nesse mesmo local, elas fazem os exames, se for necessário, e também recebem orientações sobre prevenção de doenças”, explicou Tânia Lucena.