Resultado do Liraa indica João Pessoa com baixo risco para reprodução do Aedes aegypti

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Rebeka Paivadengue

A Gerência de vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) divulgou, nesta segunda-feira (31), o resultado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que indica as áreas com maior risco para presença de focos e reprodução do mosquito no município. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 21 de outubro e foi a última edição do levantamento em 2016, que é realizada quatro vezes por ano.

De acordo com o LIRAa, o Índice de Infestação Predial (IIP) na Capital é de 0,3%, o que representa que a cada 300 imóveis, apenas um apresenta risco de reprodução do mosquito. O resultado indica João Pessoa com baixo risco para a reprodução do mosquito. Durante o estudo foram pesquisadas 29 áreas, dessas apenas Gramame apresentou o IPP igual a 1, sendo considerada como área de médio risco.

O resultado da pesquisa ajudará à Gvaz a traçar um calendário de ações específicas para os próximos três meses intensificando as ações preventivas pelos Agentes de Saúde nos bairros com maior incidência. Com a investigação, os técnicos da SMS identificaram áreas com maior proliferação e quais os tipos de depósitos são predominantes como criadouros, além da distribuição geográfica de cada espécie como: Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya; e o Aedes albopictus e Culex quinquefaciatus, que é o pernilongo doméstico.

Comparada à pesquisa anterior, realizada em julho, onde o IPP estava em 0,8%, João Pessoa apresentou uma baixa no índice de infestação. De acordo com Nilton Guedes, gerente do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS, a baixa é considerável e “reflete o resultado dos trabalhos de conscientização realizados pela SMS associado ao período climático atual que não é favorável para a reprodução do mosquito”.

Nilton ressalta que mesmo apresentando baixo risco é preciso que as ações continuem intensas para que o momento em que começarem as chuvas, que é favorável para reprodução, o índice permaneça sob controle. “Para esse controle mais efetivo é necessário o apoio da população que pode ajudar no combate ao Aedes aegypti denunciando possíveis focos do mosquito através dos telefones: 0800-282-7959 e 3214-5718, ou ainda pelo e-mail coessmsjp@gmail.com”, comenta.

Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.