Acidentes de trânsito lideram em 2016 chamados para o 192 do Samu

Por Max Oliveira - em 1003

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu, através do número 192, mais de 416 mil chamados de janeiro até novembro deste ano da população de João Pessoa e mais 59 municípios que compreendem a macrorregião de cobertura. Os acidentes de trânsitos lideram esses números com pouco mais de 7.707 mil ocorrências. Os trotes são responsáveis por 38% do total das ligações recebidas.

Os dados apontam ainda que as ocorrências neurológicas estão em segundo lugar com 4.699 mil atendimentos, o que representa 14% do total. Em terceiro aparecem às ocorrências psiquiátricas com 3.545 atendimentos, representando 10% dos registros. O Samu atua no atendimento de urgência e emergência ligadas com o risco de morte, como explica a coordenadora Érica Rivenna, que ainda faz um alerta para a população quanto ao tipo de chamado que deve ser direcionado ao órgão.

“Uma febre, uma dor abdominal não é para o Samu. Às vezes, as pessoas ligam pra cá para esse tipo de ocorrência, o que acaba ocorrendo demora para os casos mais graves. Ou seja, qualquer tipo de acidente de trânsito, quedas livres, dores torácicas, que não sejam musculares, o AVC, uma criança que se engasga e convulsão são situações que requer a presença do Samu”, explica.

 Estrutura – Atualmente, são dez ambulâncias disponíveis para a população, das quais três delas são de suporte avançado, além de três motolâncias, veículos estes que ajudam no atendimento mais rápido as vítimas. Na equipe multiprofissional há 46 médicos disponíveis 24 horas por dia, nos sete dias da semana.

Trotes – As estatísticas do Samu apontam que 38% das ligações registradas pelo atendimento são de trotes. A maior parte deles é realizada por crianças e adolescentes. Para combater a prática, a coordenação do Samu pede a ajuda dos pais na conscientização dos filhos. Na maioria das vezes, o trote é reconhecido ainda no processo de atendimento por telefone, casos em que as ambulâncias não são liberadas pela Central de Regulação.

Quando o usuário é convincente, o trote só é descoberto quando o veículo chega ao local indicado na ligação. Nesses casos, as ambulâncias acabam sendo ocupadas por cerca de 40 minutos, tempo em que poderiam estar atendendo solicitações reais e ajudando a salvar vidas.