Cendor possibilita qualidade de vida a quem sofre de dores crônicas

Por Thadeu Rodrigues - em 1702

Os tratamentos realizados pelo Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor (Cendor), localizado no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma), contribui para a qualidade de vida de quem sofre de dores crônicas, como é o caso da agente comunitária de saúde, Marilene Pontes. Ela sofre de lombalgia crônica, mas consegue amenizar o problema com as práticas realizadas no Cendor, como fisioterapia analgésica, pilates e hidroterapia.

“Estou no meu terceiro tratamento aqui no Cendor e já melhorei bastante. Como o problema é crônico, ele volta depois que recebo alta, mas enquanto estou em tratamento, minha qualidade de vida melhora muito, eu durmo melhor, tenho mais disposição para trabalhar e fazer os serviços domésticos, porque tudo isto é afetado quando tenho crise na região lombar”, explica a usuária do Cendor.

O Centro oferece ainda os tratamentos em RPG, osteopatia e acupuntura. São realizados uma média de 120 atendimentos ao dia, mas o acesso aos tratamento é feito por meio do Programa de Saúde da Familia (PSF), conforme explica a coordenadora do Centro, Monica Cordeiro.

“Quem sofre de dores crônicas, que são aquelas que não têm cura, mas que podem ser amenizadas para o indivíduo aprender a conviver com elas, procura o médico do PSF e, ele, ao perceber a necessidade do paciente, vai encaminhá-lo ao Distrito de Saúde mais próximo para marcar uma consulta no Cendor”, afirma Monica Cordeiro.

Osteopatia – Victoria Margarida tem escoliose e, por ainda ser estudante, isto atrapalha muito sua vida. “É um problema para carregar bolsa, fazer exercícios físicos na escola ou serviços domésticos”, reclama. Para amenizar as dores na coluna, ela está fazendo sessões de osteopatia.

Conforme o fisioterapeuta Ápio Cláudio, a terapia consiste em equilibrar o sistema muscular através dos movimentos, com o intuito de corrigir ou amenizar o problema e as consequentes dores. Victoria Margarida afirma que o tratamento já está fazendo efeito.

Já o aposentado Luiz Costa perdeu os movimentos do lado direito do corpo, após sofrer uma aneurisma. Ele é tratado no Cendor com auriculoterapia e eletroterapia. A fisioterapeuta Cybelle Cristina explica que a auriculoterapia consiste na utilização de sementes de mostarda na pele do ouvido externo para equilibrar a energia do corpo, agindo onde há incidência de dor. Já com a eletroterapia, há o uso de correntes elétricas de baixa intensidade.

“Eu comecei o tratamento há três semanas e já sinto uma melhora. Acho que minha alimentação melhorou e a qualidade do sono também”, diz Luiz Costa, entusiasmado com o tratamento.

Perfil – O perfil dos pacientes atendidos inclui as pessoas que sofrem com dores músculo-esqueléticas, a exemplo de lombalgia, dores nas articulações (ombro, joelho, quadril, etc), tendinites, bursites, artroses e cefaleia tensional. Também estão contemplados quem sofre de enxaqueca, fibromialgia, polineuropatia diabética e dor pélvica crônica, entre outras síndromes neuropáticas.

Ao chegar ao Centro, o paciente passará por uma triagem com a enfermeira do Cendor e, em seguida, haverá uma consulta com um reumatologista ou neurologista. Por fim, um fisioterapeuta vai avaliar o melhor tratamento para a dor em questão.

“Se a prática não surtir o efeito desejado, o paciente é encaminhado a outro tratamento no Cendor”, explica Monica Cordeiro. Ela conta que o número de sessões varia conforme a terapia, a qual pode ser renovada. “Na fisioterapia analgésica, o tratamento é de 20 sessões. Já no pilates são feitas 16 sessões, por exemplo”, diz a coordenadora.